quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Caixa japonesa, pronta.


Colocar os pregos decorativos foi um tapa num cego: Abrir, nos pontos marcados, os prefuros com uma broquinha de 1mm quebrada para evitar os pregos "errassem o caminho", hehe, colocar os pregos e martelar.


(Por que uma broca quebrada? Porque essas broquinhas fininhas quebram ate se a gente olhar muito forte para elas, e de qualquer maneira para furos tao finos em madeira praticamente nao e' necessario fio. Entao, guarda-se as broquinhas boas para furar ferro (e quebrar, hehe) e aproveita-se os cacos na madeira.)



Ja com o puxador...


Bueno, para comeco de conversa, embora fosse necessario apenas um,  comprei quatro — porque sao baratinhos, me parece util te-los em estoque e porque sei o velho Murphy nao perdoa. Nao consegui achar um modelo so com poste e alca com dimensoes compativeis com a caixa; o modelo que servia e acabei comprando foi com placa. Uma big placa! (Na verdade, pensei que seria desarticulavel, possivel remover a placa, mas... doce ilusao, tsc, tsc.) Colocando o dito cujo no lugar onde deveria ficar, pareceu-me ficar algo mais pesado, certamente nao tao elegante quanto a opcao utilizada por Mr. Schwarz em sua reproducao.



Dai, como tinha comprado mesmo em excesso ja prevendo problemas, resolvi cortar os postes na marra e tentar ver se seria possivel uma gambiarra aceitavel...

Em uma tirinha de cedro rosa posicionei e colei com cola Fusor (a que melhor cola metal em madeira, das que eu tenho) os postes cortados. No dia seguinte, a cola bem curada, coloquei a enjambracao em posicao na caixa para tirar uma temperatura de se valeria a pena continuar os esforcos. O resultado esta ahi na foto ao lado (talvez valha lembrar que, como sempre, basta clicar nas imagens para ve-las em maior resolucao).

Minha conclusao foi de que, no limite de minhas capacidades, simplesmente nao haveria maneira de fazer a coisa que nao parecesse matacao.



Entao, partir para colocar o puxador completo, com placa e tudo.




Mais uma vez, confirmou-se o velho Murphy e' impiedoso. O precioso da loja havia escolhido, provavelmente com um risinho sinistro, parafusos de fixacao para os puxadores com um longo pescoco sem rosca. Como imagino se possa ver na imagem `a direita, o pescoco do parafuso e' tao longo quanto a rosca femea no pilao de fixacao do puxador. O qual, por sua vez, e' praticamente tao longo quanto a espessura da madeira.

Corrida desabaladamente irritada `as caixas de quinquilharias e encontro um, apenas um, parafuso desse modelo com pescoco curto. Mais catacao e encontro um de cabeca conica com rosca compativel mas — claro! — nem uma unica miseravel arruela compativel. O que me obrigou a fazer uma arruela, claro.


Entao, serrados e limados os parafusos para um comprimento compativel, furada e modelada de uma guia de cremona a arruela, marcados e abertos os furos para posicionar o bendito puxador, a coisa ficou finalmente posicionada.

(Quer dizer, finalmente, nao exatamente: ainda fiquei me devendo ir buscar hora dessas um parafuso de pescoco curto para substituir a enjambrina...)


Mas enfim, para o meu gosto ate que a coisa nao ficou tao feia, ne?



O ultimo passo da montagem consistiu em seguir a recomendacao de Mr. Schwarz em seu tutorial e aplicar parafusos para reforcar a colagem dos sarrafos da tampa.

A razao, claro, porque os sarrafos sao os pontos de aplicacao de forca para abrir e fechar a tampa e essa carga com o somar-se os anos pode se traduzir em ruptura da colagem.


Contrario `a recomendacao de Mr. Schwarz por parafusos com cabecas de panela, achei cabecas conicas ofereceriam um melhor acabamento.


E, nisso, minha versao da caixa japonesa estava finalmente concluida...





3 comentários:

  1. Ficou muito bonita Paulo.
    Gostei do tom cobre dos botões que inclusive combinou com o Cedro.
    Sinceramente achei que o tamanho do puxador funcionou muito bem.
    Bom saber o macete do prefuro para pregos.

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    1. Como natural, e esperado, a cada dia o puxador me parece mais adequado, hehehe...

      Prefuros podem ser uteis, como no caso, permitindo evitar possiveis rachaduras e que tais quando aplicando pregos em madeiras circunstancialmente finas/frageis. E podem mesmo ser indispensaveis, como para aplicar-se pregos em madeiras muito duras, como ipe, roxinho, etc. E os prefuros devem ser 'rasos', de forma ao ultimo par de milimetros do prego ter de penetrar a madeira, para evitar futuros afrouxamentos.

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    2. Hm, a última sentença parece-me importante.
      Por aqui prefuros até o momento serviram somente para acelerar um furo com arco de pua usando brocas Forstners.

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