terça-feira, 28 de junho de 2016

Geladeira sem luz - terminada

(Clique nas imagens para ve-las em maior resolucao.)







Com a unica demao de oleo de tungue seca, foram feitos uns ultimos retoques e entao  aplicada uma generosa demao de cera domestica — que eu chamo de "cera chocolate", composta com ceras de abelha e carnauba adicionadas de graxa para sapatos marron Nugget®, dissolvido tudo em terebintina para uma pasta consistente — em todas as faces externas da geladeira.


A seguir foram colocadas as ferragens e apos uma noite secando a coisa recebeu uma... boa escovadela com escova para sapatos, hehe.



Evaporado o solvente e a cera bem estabilizada, o movel foi movido para seu lugar definitivo na sala de refeicoes ou, como eu prefiro, a "sala dos cedros".



Ahi, foi 'carregar' a pseudogeladeira/adega com sua carga: Na parte da frente em cima cervejas, vinhos na parte de tras dentro do alcapao e, em baixo, destilados e vinhos ja abertos, reservados para a culinaria.


E ahi esta. Achei valeu a pena esperar uns anos para usar aquelas ferragens...


domingo, 26 de junho de 2016

Geladeira sem luz - aceleracao inesperada

(Clique nas imagens para ve-las em maior resolucao.)



Tendo modelado e posicionado a porta inferior da imitacao de geladeira sem luz, saiba-se la por que exata razao meu impeto em avancar a construcao aumentou notavelmente.

Com todas as pecas prontas e posicionadas fui tomado sei la por que estranha inquietude e acabei dando uma intensiva nas lixacoes e arremates, deixando o movel pronto para iniciar os acabamentos.



Talvez valha apontar, ja que fora as emendas em espiga e fura do esqueleto todas as demais ensambladuras foram feitas apenas com cola PUR e sem malhetes, foram utilizados apenas sete parafusos em todo o movel: tres para prender o fundo, possibilitando sua remocao a qualquer tempo, e mais dois de cada lado para fixar a divisoria interna na parte superior, como imagino se possa ver nas imagens abaixo:



Com o lixamento fino concluido, foi cortado o entalhe onde alojar o puxador da tampa do alcapao e entao aplicado cupinicida em todas as madeiras (prevencao muitissimo indicada pois ha muito brancal, especialmente nas laterais, e brancal e' ima para cupins). Seco o veneno, apliquei cera domestica (abelha, carnauba e Nugget® marron) no interior e em seguida uma generosa demao de oleo de tungue no exterior.




Devo dizer que estou algo surpreso tenhamos atingido esse ponto tao rapidamente. De qualquer maneira estamos em plena reta final, faltando apenas mais uns pequenos detalhes de acabamento e a colocacao das ferragens para dar a imitacao como concluida. Coisa que imaginei so iria ocorrer la por meados do mes que vem.

Mas e' bem assim, tsc, tsc, tsc: Nao se pode confiar em prazos dados por quem lida com madeira macica...

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Geladeira sem luz - novos passos, de formiga

(Como sempre, clique nas imagens para ve-las em maior resolucao.)


Frente
Fundos

Com o (muito) vagar determinado pelas condicoes da estacao e da minha lastimavel coluna, a construcao da imitacao de uma geladeira sem luz vai avancando.

O movel recebeu seu tampo formado por cinco ripas de cedro gaucho (brancal), deixando aberto um amplo espaco a ser fechado com uma tampa em alcapao. Na parte traseira, recebeu ainda uma travessa fixa com pocket screws paralela `a da frente, para apoio da prateleira superior que foi fixada apenas por colagem nas travessas. As travessas do tampo foram igualmente coladas sem encaixes (utilizando cola PUR, porque com o frio as colas de PVA ficam inconfiaveis), recebendo apos a cola seca reforco com cavilhas.

Nas tres imagens abaixo, detalhes da montagem do tampo, bem visiveis o escorrimento e os restos da cola expansiva (que obrigarao a adicionar mais uma inescapavel etapa `a, sempre penosa, lixacao futura).



Quando a cola secou e o grosso de excessos e escorrimentos foi removido, os bordos foram inicialmente regularizados com tupia de mao e a seguir, com a mesma ferramenta com outra fresa, arredondados.





O passo seguinte foi construir a tampa do alcapao e a porta superior da frente, a primeira cortada de um painel feito com uma colagem de cedro gaucho e a ultima igualmente de uma colagem de cedro rosa.



Nas imagens ve-se, na da esquerda `a esquerda (que lingua, a nossa!), acima a tampa do alcapao e logo abaixo a porta superior; no meio o compensado do fundo do movel e entao, na extrema direita, a prateleira inferior. Na imagem `a direita, a tampa do alcapao e o topo do movel, visiveis as cavilhas que reforcam a colagem.
















Na imagem `a direita pode-se ver a tampa e a porta nos seus lugares, tudo evidentemente ainda muito, muito longe de estar acabado.



A unica peca estrutural que ainda resta construir e' a porta inferior que, ate prova em contrario, tambem sera em cedro rosa.


- ooOoo -


A demonstrar o ritmo de caramujo com que a obra esta sendo levada: Se a coisa fosse para ser corrida imagino poderia ficar pronta para os acabamentos liquidos e pastosos em talvez meio dia. Se fosse no ritmo normal, com folga uns tres dias... Estou imaginando de fato vai levar uma semana ou uns 9 dias para chegar-se a concluir o lixamento fino geral. Se o implicante do velho Pedro nao inventar de chover, claro.

Mas... Quem tem pressa?

Pra que andar ligeiro?

domingo, 19 de junho de 2016

Geladeira sem luz - lentamente

Com a morosidade esperada, a construcao da imitacao de geladeira sem luz progride. Rastejando...

Nao ha praticamente nenhum detalhe de interesse a comentar, exceto talvez a utilizacao de cola de contato para juntar duas chapas de face, opcao para quem como eu nao dispoe de prensa e a, mm, dolorosa constatacao a cola PVA simplesmente nao funciona em temperaturas abaixo de 10°C.

De todo modo, pensando talvez algum de meus sete fieis leitores pudesse porventura ter interesse, resolvi postar sem maiores papos umas imagens da vagarosa evolucao da coisa.



O 'esqueleto' do movel, inteiramente montado e colado.

As faces laterais do movel foram construidas com duas chapas, uma em cedro gaucho (quase puro brancal) pasmado, com uma emenda central em cedro rosa, colada de face com cola de contato a um compensado laminado que foi um dia um tampo de mesa.




As chapas coladas, a face laminada do compensado para cima.

As chapas coladas, apos receberem os devidos rebaixos e o acabamento da face laminada do compensado ter sido removido/lixado, foram encaixadas e coladas nas laterais.


Uma das prateleiras e o fundo, ja cortados.

A outra prateleira, secando nos grampos.



O fundo posicionado, em montagem seca.


Pareco talvez um pouco desanimado?

Vai ver que e' porque a proxima fase... e' lixar!!


domingo, 12 de junho de 2016

Geladeira sem luz - iniciando a imitacao

Com a morosidade que o intenso inverno precoce aqui no Continente de Sao Pedro determina — as horas com condicoes minimamente humanas de trabalho na 'oficina' praticamente ao ar livre ficando fortemente limitadas (ou entao, vai ver, porque o inverno convida `a preguica, hehe) — minha tentativa de criar um movel imitando uma das velhas geladeiras de madeira operadas a barras de gelo vai progredindo. Vagarosamente, mas vai...

Tendo, como mostrado na postagem imediatamente anterior, aparelhado as madeiras para o 'esqueleto' da carcaca do movel, marquei nelas cuidadosamente medidas a posicao para as furas nas colunas e para as espigas nas travessas. A seguir, abri as dezoito furas utilizando bedame de ½" e malho empregando, com pequenas variacoes pessoais, a tecnica ensinada pelo Paul Sellers (https://www.youtube.com/watch?v=q_NXq7_TILA).

Os retalhos usados para setar a serra





O proximo passo foi cortar as espigas nas extremidades das ripas utilizando, para setar a serra de bancada, retalhos com a mesma altura e espessura das ripas e, para garantir o esquadro nos cortes, recorrendo ao auxilio do goniometro e do tenoning jig.





Com a serra devidamente setada e utilizando o goniometro fiz os cortes transversais para os ombros e, depois de reajustar a setagem, usei o tenoning jig nos cortes longitudinais aos veios para completar as espigas.



Apos conferir o 'casamento' dos malhetes, limpando onde necessario a fura ou a espiga, uma ultima verificacao foi feita efetuando a montagem seca das porcoes da frente e do fundo do movel:


Conferida a montagem, tornei a desmontar as emendas para em seguida refaze-las, dessa feita aplicando cola e grampos para a montagem final.

Como optei por deixar os encaixes bem justos, a montagem exigiu o emprego de malho sem rebote para assentar as emendas antes de grampear. Por isso, porque a colocacao das travessas das laterais igualmente havera de ser feita necessitando semelhante 'persuasao' — e porque esta frio, muito frio — para evitar possiveis contratempos optei por deixar a cola secar bem, deixando as pecas secando durante toda a noite antes de terminar a montagem do 'esqueleto'.

E nisso estamos...






terça-feira, 7 de junho de 2016

Geladeiras sem luz

Ja bem no inicio do seculo XIX iniciou-se uma industria de fornecimento de gelo a partir do nordeste dA Matriz, mais especificamente da Nova Inglaterra, para os estados mais ao sul e entao para os paises do Caribe. Na Europa o exemplo foi copiado pela Noruega em menor escala, e um negocio planetario estabeleceu-se e cresceu constantemente. Consta que em 1880 o morador urbano medio dos Estados consumia uma tonelada de gelo por ano.

Com isso, ja no comeco do seculo XX estavam estabelecidas redes de distribuidores urbanos de gelo e, nas casas, as chamadas ice boxes ou geladeiras, caixas desenvolvidas para armazenar o gelo e onde colocar-se alimentos. Consistiam essencialmente de um movel com paredes duplas, de madeira por fora e internamente de metal (zinco ou estanho, geralmente), com o oco preenchido com um isolante, mais usualmente serragem, maravalha de madeira. Eventualmente tornaram-se, de simples caixas, em moveis com porta, contendo no alto um compartimento onde colocar o gelo e outro, ou outros, abaixo e/ou ao lado onde colocar-se os alimentos e bebidas que se desejava manter a temperatura mais baixa. A agua do degelo era coletada em um tubo e drenada para o exterior, por uma torneira, ou para uma vasilha ou bandeja de evaporacao, ou nos lares mais abastados drenado para o esgoto.

Os moveis, de inicio bem simples como o modelo noruegues ilustrado `a esquerda, foram evoluindo, passando a ter uma porta frontal para o gelo ao inves do alcapao superior e eventualmente tornando-se moveis de alto esmero, com ricas ferragens e eventualmente incluindo mesmo interior aloucado...



Tambem la pelo raiar do sec.XX, Germano Steigleder Sobrinho resolveu fabricar essas geladeiras na sua entao industria de carpintaria — originando o que viria a ser, aqui no portinho, uma das primeiras fabricas de eletrodomesticos de pindorama e que perduraria ate os 970 quando foi submergida pelas, mm, peculiaridades da politica economica entao exercida pela ditadura.

Sob a marca Steigleder foram produzidos inumeros exemplares em variados modelos desses moveis para refrigerar alimentos e bebidas `a base de gelo. Um desses modelos, como mencionei, inclusive foi parar na casa de meus pais, do qual guardo vaga, esfarrapada memoria...


Agora entao, querendo aproveitar as ferragens mencionadas na postagem anterior para tentar construir uma replica de uma dessas maquinas de antanho, ocorreu-me solicitar o auxilio de Tio Gu e sua cornucopia de informacoes para reavivar aquela memoria.

Encontrei imagens de modelos simplesinhos, de porta unica e de 'carregar' por alcapao no topo, construidos com pinho (Araucaria), uma madeira entao tao barata quanto agua, outros mais refinados em madeira de lei, outros ainda com duas portas, todos seguindo, como era de se esperar pela ascendencia do fundador, muito mais as linhas enxutas dos modelos europeus do que os requintes dos Grandes Irmaos.

Sem enfeites, em pinho

Mais elaborado. Em imbuia? Ou itauba? Ou...?

Em pinho, com duas portas e torneira para drenagem

Duas portas, com bandeja de evaporacao entre os pes. Pinho?
Mais adiante encontrei imagens de um modelo restaurado de duas portas semelhante ao acima, mas mostrando inclusive o interior com suas placas de zinco e as prateleiras de arame no compartimento inferior.






























Indiscutivelmente a cor e os detalhes do compartimento inferior eram, nao exatamente iguais mas, bem semelhantes ao que minha memoria guardava da geladeirinha da minha infancia. Mas, nitidamente recordo, aquela era de uma unica porta e de 'carregar' por cima, com tampa em alcapao.

Mais umas conversas com Tio Gu e acabei encontrando o exato modelo. Todavia quem resolveu restaurar o pobre movel optou por reproduzir nele as pinturas que no inicio do seculo eram empregadas para propagandear nA Matriz o mais famoso dos refrigerantes de cola.

A cor um pouco 'amainada'

A cor original
Para mim... Sacrilegio!

E de doer nos olhos, tanto que manipulei a imagem para arrefecer um pouco a vermelhidao e permitir ao menos alguns detalhes da superficie ficassem mais visiveis. Mas, com toda a certeza, e' o exato modelo da minha casa de guri, exceto por as ferragens serem douradas, ao inves de niqueladas como no original.

(Apesar do 'pecado' na pintura, fico grato ao Cristian Michielin, o artesao catarinense que restaurou o movel e que inclusive disponibilizou um video no YouTube mostrando o antes e o depois:
https://www.youtube.com/watch?v=sh6mMxRgfFc )



Mas se minhas costas machucadas justificam o longo periodo em conversas com o Tio, e tudo, e tal, alguma atividade ha de haver. Entao, criei coragem, cortei e aparelhei um pranchao de itaubao para dar inicio aos trabalhos e fiz a tao adiada como necessaria limpeza na 'oficina'.


`A esquerda na foto, as madeiras aparelhadas; `a direita os sacos da limpeza. O mais claro, de 100 litros, com o lixo, o mais escuro, de 50, com as maravalhas das plainas, guardadas porque possivelmente minha cadela vai ter ninhada ainda no inverno, o frio por aqui esta bem acima da media e maravalha — como o pessoal que lidava com gelo sabia bem — e' um excelente isolante para 'atapetar' o ninho dos eventuais cusquinhos, quando chegarem.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Lumbago, e velha e nova dividas

A conclusao da mesinha feita para completar o ambiente do que passei a chamar de "antro das madeiras", cuja construcao relatei nas postagens imediatamente anteriores a esta, teve um efeito colateral deveras desagradavel...

Quando terminada, sem os vidros do tampo o movel ficou pesando ao redor de uns 30-35 quilos. Transportei-o sozinho, em bracos, desde a oficina ate o "antro" e, quando coloquei-lhe os vidros e fui dar uma ultima examinada nos detalhes antes de povoa-lo com as pecas que formam meu, mm, arquivo de aprendizado, reparei que o polimento da cera ainda deixava bastante a desejar. Com o que, voltei `a oficina e trouxe um par de furadeiras e boinas para bem acabar a obra.

O detalhe e' que aquela e' uma mesa baixa. Medi agorinha: 45cm de altura o tampo e 21cm a prateleira sob ele, esta ultima evidente que o principal alvo do polimento adicional. Polimento que me consumiu uma boa meia hora — porque se ha algo que praticamente obriga a gente a caprichar e' polimento, atencao aos minimos detalhes, agora mais um pouquinho, e tudo, e tal...

O problema foi que, absorvido e embalado pelo canto das furadeiras e o resultado das boinas, simplesmente esqueci dos anos sobre meus ombros. Lamentavel, muito lamentavelmente... os anos nao se esqueceram de nada. Quando levantei do polimento para pegar os vidros e as pecas que iriam completar a mesa ja notei um nitido desconforto la na base da coluna, uma certa dificuldade em ficar bem ereto.

Nao posso nem dizer que fiquei surpreso com o que se seguiu; nao e' exatamente incomum eu cometer a estupidez de esquecer que meus cinquenta comecaram em outro seculo. Mas dessa vez a coisa apertou. Para dormir naquela noite, e em varias que se seguiram, tive que apelar para analgesicos porrada. Nos dois dias seguintes, quando fosse inevitavel caminhar me socorri de um sarrafo como bengala, e a atividade fisica mais intensa que era capaz de exercer de forma indolor, alem de respirar, era acertar a regulagem da cadeira onde fui morar.

Dez dias depois, hoje e' o primeiro dia em que nao sou continuamente lembrado da minha besteira, (quase) tudo (praticamente) de volta `a normalidade.

Mas para alem das minhas lamentacoes, o que talvez possa interessar a algum de meus sete fieis leitores e', entre as inumeras atividades, mm, intelectuais a que me dediquei enquanto as fisicas estavam expressamente proibidas, uma delas foi deixar o separador de orelhas pesquisando o que eu poderia fazer quando a vinganca fosse possivel na oficina (ta bom, ta bom, depois de fazer a limpeza geral que ainda estou devendo desde que terminei a mesa).

Dai que lembrei: La bem quando havia iniciado minhas (re)investidas em brincar com madeira, para buscar inspiracao e ter no que treinar minhas nascentes habilidades pareceu-me uma boa ideia aproveitar uma oferta que entao a Rockler fez, um belo desconto no plano de montagem e kit de ferragens para construcao da sua replica de geladeira antiga; essa ahi da foto `a esquerda.

O entusiasmo todavia arrefeceu fortemente quando a encomenda chegou. Nao apenas pela complexidade dos planos ultradetalhados e incluindo uma errata disponivel na Rede, mas principalmente pela quantidade de boa madeira que seria necessaria e eu nao dispunha. E, devo confessar, tambem pela intimidadora qualidade das ferragens made in Taiwan. Nao sou avesso a tentar fazer coisa que considero um pouco alem do que imagino ser minha capacidade; afinal, e' assim que se aprende. Mas minha avaliacao ante a excelencia das pecas e o projeto supostamente para nivel intermediario de marcenaria foi... de que eu era um iniciante. Muita areia pra minha carrocinha, em outras palavras.

Dai, o projeto impresso nao lembro exatamente mas talvez, suponho, pode ser que em uma de minhas limpezas de papelada velha tenha considerado eu nunca iria fazer aquilo daquele jeito mesmo e... devo ter enviado o dito cujo para o Arquivo Morto mantido pela Limpeza Urbana.



Ja as ferragens do kit foram embrulhadas e guardadas num canto de armario, para nao juntar poeira. E foi com elas e com a ideia de cumprir o projeto nunca iniciado de uma replica de geladeira antiga que o separador optou por municiar-me para eu me vingar de minha imbecilidade. Ha pouco, fui ao armario, abri o pacote e coloquei os envelopes sobre a bancada. Estava tudo la, o que mostra a foto `a esquerda:

Os oito primeiros envelopes de baixo para cima (mais ampliados na imagem `a direita) contem, tudo em latao polido, uma etiqueta com a marca da geladeira, um abridor de garrafas, tres fechos de portas e tres pares de dobradicas. Os demais envelopes sao ferragens para fixar os prendedores de prateleiras, aquelas coisas compridas — e que nao pretendo incluir no projeto porque prefiro sempre que possivel prateleiras fixas.


E e' isso por enquanto. A madeira proposta no projeto impresso que 'perdi', lembro, era carvalho cortado radialmente. Mas nao pretendo seguir a memoria do projeto original, mas sim furungar as memorias da minha infancia quando tinhamos em casa uma dessas geladeiras que operavam com gelo, sem eletricidade. Hmmm... Lembro era de uma madeira escura e avermelhada, as ferragens prateadas...

Bueno, so que tenho ferragens douradas. Logo, posso usar a madeira (ou bem mais provavelmente aS madeiraS) que bem entender, hehehe.



Mas, claro, antes de qualquer coisa tenho de consultar o travesseiro.