Tanto quanto pude averiguar, aparentemente e' uma das tantas coisas que vieram do Extremo Oriente e foram 'adotados' no Ocidente. Um entre varios exemplos orientais pode ser visto ja no inicio deste video coreano, no caso utilizado para nao apenas dar polimento `a madeira como para remover o que resultou carbonizado no processo:
Por ser varias vezes citado em L'Art du Menuisier — a biblia da marcenaria ocidental, publicado em 1769 por M. Andre Jacob Roubo — nos dias que correm o instrumento e' por varios autores modernos chamado polissoir e muitos pensam mesmo tratar-se de uma invencao francesa. Eu chamo de polidor, mesmo.
Mas como certamente um polidor nao e' algo que se encontre no comercio de pindorama (nA Matriz se acha sim, mas posto aqui acaba ficando ao redor de uns miseros quatrocentos reais), resolvi juntar o util ao agradavel e ao divertido e fazer um eu mesmo.
Comecei por comprar uma vassoura de palha no supermercado. Uma fortuna: treze reais. |
Primeiro passo: remover as 'costuras' de plastico |
A seguir, cortar o arame |
Removida a primeira camada, a 'saia' que fica por fora |
Desdobrado o 'miolo' das palhas, a parte que da formato `a vassoura |
Cortada fora a palha, em tres macos: a saia, o miolo e finalmente o centro |
As palhas cortadas ao meio |
O feixe e' montado e bem espremido utilizando nos 'jiboia', ou constritores, com barbante |
Como dar o no 'jiboia', ou constritor |
O espaco entre os barbantes generosamente ensopado de cola branca e deixa-se secar por uns minutos, para a cola penetrar |
O barbante, sempre molhado em cola, e' bobinado bem apertado, desde logo antes do primeiro ate depois do terceiro no |
Deixado secar uns minutos, bobina-se no sentido contrario uma outra camada de barbante cobrindo a primeira; o resto da palha foi guardado para possiveis futuros polidores, hehe |
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Deixada a cola secar ao toque, as pontas do polidor sao entao aparadas, com um estilete |
A etapa seguinte apos aparar as pontas, consistiu em mergulhar ate saturar uma das pontas do polidor com cera de abelha liquefeita em banho-maria. Ha quem sature ambas as pontas, mas eu prefiro deixar uma seca mesmo.
A ponta saturada, removido o excesso de cera |
A ponta 'seca' |
Um pedaco de imbuia (o recorte removido da camada do centro do estojo) usado para umas 'acertadas' nas minhas estrategias de aplainamento — como se pode ver pelos inumeros defeitos provocados.
A porcao direita da taboinha esta so aplainada, no centro foi polida com a ponta 'seca' do polidor e na esquerda com a ponta com cera. A imagem `a esquerda e' uma vista bem vertical, de topo; a da direita, com suficiente inclinacao para refletir um pouco o sol. (As diferencas entre os tres 'acabamentos' ficam mais evidentes se as imagens forem clicadas — o que como sempre as abre em maior resolucao.)
Como imagino se possa verificar, aplicar o polidor pelo lado 'seco' da quase tanto brilho quanto com o lado com cera, e com a caracteristica de nao mudar em nada a cor da madeira crua. (A parte com cera pode ficar ainda mais brilhante, dizem, aplicando outras camadas cada vez com mais pressao, e ao final polindo com politriz. Eu nunca testei.)
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Mas entao, pronto e funcional o polidor (e custando menos de R$ 20 no total), hora de aplica-lo no estojo de que tratamos na postagem anterior. Eis os resultados:
E para 2014 era isso.
Ate o ano que vem, aproveitem bem as festas!
Valeu Bro, até 2015, um abraço e boas festas!
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