terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Completando a carcaca do balcao

(Como sempre, clique nas imagens para ve-las em maior resolucao.) 






As prateleiras foram posicionadas, foi colocado o fundo e o tampo, e o projeto comeca a tomar ares de movel...

Embora por enquanto as prateleiras estejam apoiadas em ripinhas de madeiras fixas `a carcaca com parafusos, a ideia e' fazer a fixacao definitiva com parafusos atraves da carcaca, pensando incrementar a rigidez estrutural.



O fundo foi feito utilizando pranchas muito finas de cedro rosa que haviam 'sobrado' da construcao dos armarios relatada em postagens anteriores. Em funcao do processo algo rude empregado para reduzir a espessura das pranchas utilizadas naqueles armarios restaram, como fica evidente na imagem `a esquerda, gritantes defeitos nas superficies dessas pranchas; mas como vao ficar contra a parede tais defeitos ficarao 'invisiveis'.

Tirando proveito da flexibilidade resultante da pequena espessura das pranchas, o fundo foi montado com duas pranchas sobrepostas em 'escama', como se ve na imagem `a direita. As pequenas aberturas triangulares que ficaram serao devidamente calafetadas no acabamento final do movel.



Colocado o fundo, o tampo foi posicionado sobre a carcaca. Como apenas sua parte superior havia sido aplainada, a inferior deixada como veio da serraria, nao foi surpresa nenhuma constatar resultaram frestas claramente visiveis, como suponho as imagens ilustram.

Utilizando repetidas operacoes de uma combinacao de plainas manuais e lixadeiras eletricas, o contato entre tampo e carcaca foi melhorado, mantendo sempre cuidadosa atencao a manter-se bem nivelado o topo do movel.

Eventualmente tudo ficou bem estavel mas — inescapavel — ainda restou alguma irregularidade na linha de contato.

A solucao que me ocorreu foi aplicar a "manobra do gato": jogar areia em cima. No caso, a areia consistiu de uns sarrafinhos de muiracatiara pregados com pinos F ao tampo, bem justos contra as paredes da carcaca. A manobra nao apenas corrige o defeito estetico, ocultando as irregularidades da interface, mas ainda garante o posicionamento correto do tampo.




Hora de comecar a pensar nas portas...


2 comentários:

  1. Hehehe, não faz tanto tempo assim que li um relato passado em que uma "manobra do gato" entrou em ação. Acho que era uma mesinha e se não me falha a memória duas vezes era para tapar umas furas... Se é assim, é literalmente uma manobra de gato.

    Sem querer interferir na efervescência de ideias ao deitar no travesseiro... Plotei portas brancas (que tal hein? :D) na minha mente ao ver a última fotografia. Lembro de um marfim que fazia par com um Jequitibá. Por onde será que o dito cujo anda?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. As taboas aquelas de marfim-rana, jequitiba, catuaba e imbuia... continuam entabicadas, secando.
      Por enquanto a ideia das portas... Nah! Tenho de ver.

      A "manobra do gato" e', assumidamente, um recurso de que me socorro com razoavel frequencia. Tenho comigo trata-se, embora nao declarada, de uma tradicao dos marceneiros (e muito provavelmente de outros artifices) desde tempos imemoriais. Mais ou menos assim: shit happens; se papel higienico nao bastar, que venha a areia, hehehe...

      Excluir