quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Parede nova na cozinha

(Como sempre, clique nas imagens para ve-las em maior resolucao.)

Tendo a armario aereo pronto, hora de remover as — nao exatamente belas, como se ve na imagem `a esquerda — prateleiras que estavam fixas `a parede da cozinha, e iniciar de fato a pretendida reforma.

O armario foi colocado centrado na area antes ocupada pelas prateleiras, fixo com encaixe em faca. Uma moldura no fundo cobriu o espaco ocupado pelos apoios, de forma ao movel restar inteiramente em contato com a parede.  A seguir foram fixadas com parafusos as laterais de suporte ja com os apoios para as prateleiras nelas igualmente fixados com parafusos.

Com auxilio de um nivel foram entao posicionados os apoios nas laterais do armario e finalmente as prateleiras foram colocadas. Na parte inferior mantive, inteira, a antiga prateleira na mesma exata posicao em que se encontrava.

E chegamos nisso:




Abaixo, detalhes de como se apoiam as prateleiras:









Antes de comecar a 'popular' armario e prateleiras com seus 'habitantes', e' preciso ainda, alem de efetuar alguns pequenos retoques aqui e ali, aguardar alguns dias ate o oleo secar bem para aplicar um par de demaos de goma-laca e entao cera.


De qualquer jeito, foi dado o primeiro passo na renovacao da cozinha. O mais facil, acho eu...

sábado, 24 de janeiro de 2015

Armario aereo para a cozinha — VI (portas colocadas)

As portas foram colocadas no movel, receberam o veneno e o banho de oleo, ficando faltando apenas alguns detalhes secundarios de acabamento. Assim, o armario esta praticamente concluido.




Com isso, mais da metade dos aspectos construtivos da 'reforma' da parede da cozinha estao concluidos.  O resto do processo, vamos ver uma bathora dessas...


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Armario aereo para a cozinha — V (carcaca concluida, em acabamentos)

Contornado o 'pequeno' problema do veneno, eis como ficou a carcaca do armario apos receber um pouco de stain na parte externa e um banho geral de oleo de linhaca...





Proxima etapa, alem da progressao dos acabamentos, fixar as portas...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Armario aereo para a cozinha — IV (carcaca quase concluida, ou, UM BAITA ERRO!)


Como diz o titulo desta postagem, o corpo, a carcaca do armario ficou quase pronta...

Em essencia a carcaca de um armario nada mais e' do que uma caixa, e esta nao faz excecao: quatro pranchas formam os lados, e ahi ha um fundo. O fundo foi cortado de uma chapa de compensado e encaixado no lugar a macetadas, bem justo, e entao fixado com umas poucas duzias de palitos de dente `a guisa de pregos. ...Como? Por que empreguei essa especifica tecnica? Nenhuma razao especial, so experimentacao, hehe.

Adicionalmente a caixa, ou o corpo do armario, recebeu duas tiras de madeira coladas em cada lateral. As da porcao anterior, para permitir utilizar-se parafusos mais grossos e longos quando forem ser colocadas as dobradicas, considerando que as portas sao excepecionalmente pesadas; as da parte de tras para fechar o espaco onde ficaram as madeiras que fixarao o movel `a parede. Fixacao essa que sera feita por um encaixe em faca (ou frances) bem no topo e, quase na base, uma barra de apoio, sem encaixe.

Tudo cortado, encaixado, acertado, dei inicio ao acabamento, lixando tudo.




As setas brancas apontam as laterais adicionadas, as setas amarelas o sistema de fixacao do movel
#@$%^%#-AARGH!! (Terei alguma vez comentado eu detesto lixar?...)


Aplicacao das lixas completada, imagino meu separador de orelhas nao resistiu `a sobrecarga irritativa e deu um tilt. Sei la por que razao, o fato e' que terminada a lixacao decidi continuar os acabamentos... aplicando Jimo Cupim. Decisao estupida. Erro grosseiro.

Aparentemente eu simplesmente esqueci as prateleiras ainda precisavam receber seus apoios no interior do movel! E agora, quem e' que vai enfiar a cabeca dentro do movel exalando veneno?

Resumindo, achei melhor dar um tempo.
Para ventilar os pulmoes, recuperar as parcas funcoes do separador de orelhas e deixar o veneno evaporar.

Mil perdoes!


sábado, 17 de janeiro de 2015

Armario aereo para a cozinha — III (arredondando as portas)

Aproveitei a fresca da manha nublada e chuvosa para dar mais uma tocadinha no armario: dimensionei as prateleiras na serra de bancada e criei coragem e resolvi encarar o arredondamento das portas. Sim, porque as folhas da porta, encurvadas pelos angulos da colagem como visto na primeira postagem dessa serie, apesar de ficarem nitidamente encurvadas ficam, como e' inescapavel, com nitidas arestas.

Para remover essas arestas e deixar a porta suavemente curva, a abordagem recomendada quando aprendi essa tecnica e que apliquei ja em duas oportunidades — em portas de pinus — era rebaixar as saliencias com plaina block e entao homogeneizar a curva com uma lixadeira roto-orbital. E plainar as saliencias foi exatamente por onde comecei. Problema e' que muracatiara nao e' pinus; seus veios sao curvos, retorcidos e frequentemente invertem o sentido, ou seja, um osso duro de plainar, facilmente sofrendo arrancamentos dificeis de evitar.

Considerei o problema e deliberei teria possivelmente melhor sucesso empregando desbaste a maquina, com uma esmerilhadeira. Usualmente faco isso usando discos flap, mas no caso pareceu-me seria mais indicado utilizar o disco de desbaste da Kutzall de 4,5", por seu perfil convexo ao inves do cone dos discos flap. Funcionou bem como eu esperava e, miseravelmente, produziu o usual festival de poeira que a lixadeira com disco de grana 60, aplicada em seguida para remover as marcas deixadas pelo disco e homogeneizar a curva, so fez aumentar...

Lixadeira e esmerilhadeira, as maquinas da poeira

O manto de poeira cobrindo tudo — o pior onus, junto com o barulho, de empregar esmerilhadeira

Ficaram bem redondinhas, hehehe

-- ooOoo --



Apesar da imundicie e da enchecao de saco de ter de usar respirador em funcao da polvadeira, o resultado ficou bem bom, para o meu gosto.

Deu foi uma certa pena de ver a coitadinha da plaina block ali, abandonada e coberta de po...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Armario aereo para a cozinha — II (carcaca)

Tendo aparelhado e dimensionado as pecas, hora de montar a carcaca do armario. Principalmente pela resistencia que oferece, visto as portas serao bastante pesadas, mas tambem pelo aspecto estetico e pela relativa simplicidade de executar, optei por fazer a montagem com encaixes em asa-de-andorinha.

As duas laterais prontas para ser cortadas simultaneamente

Como costumo, iniciei por cortas as caudas, nas laterais. A vantagem maior de comecar pelas caudas, no meu entender, e' permitir que se facam as marcacoes e os cortes encadeados, poupando tempo e trabalho, e resultando um resultado mais homogeneo, visto ambos os lados acabam ficando com posicionamento exatamente igual nos malhetes.

As laterais sao em pinheiro-do-Parana (ou pinho, ou araucaria, ou...), e para quem esta acostumado a ver em videos o pessoal cortar malhetes em pinus como quem corta manteiga, esse lenho certamente reserva surpresas por sua densidade e rigidez. Aqui, ferramentas muito bem afiadas sao absolutamente indispensaveis para uma boa e precisa execucao dos cortes.
A bancada 'configurada' para cortar encaixes




Tambem como de costume, utilizei minha morsa de dois parafusos para fixar as pecas para os cortes. A novidade dessa vez foi usar a luminaria de lampadas LED para visualizar as finas demarcacoes das linhas de corte e, se meus sete fieis leitores me permitem a confidencia, digo-lhes que pude perceber uma senhora diferenca. Para melhor, claro.

Eventualmente, seguindo o padrao classico os malhetes foram cortados nas laterais e estas entao serviram de referencia para marcar o posicionamento dos pinos, na base e no topo.

Base e topo que foram cortados justamente da prancha que, como relatado na postagem imediatamente anterior, eu havia aparelhado `a mao, com plainas manuais. O detalhe aqui e', ao inves de acrescentar uma ripinha para aumentar a fundura das pecas na parte do fundo como comentei anteriormente, eu optei por adicionar a ripinha na frente da peca, e ao inves de pinho, usei uma tira de muracatiara. E entao, essa porcao da frente da peca foi cortada seguindo a curvatura das portas.












As laterais, com as caudas ja cortadas

Montagem seca, testando os encaixes

 As quatro pecas, com todos os malhetes ja cortados e testados, prontas para a colagem

O passo seguinte, claro, foi efetuar a colagem das pecas, fixando com grampos por nao mais que uma hora — para evitar a pressao dos grampos viesse a causar algum empenamento nas laterais. Apos remover os grampos, deixei apenas um grampo longo na transversal para garantir a manutencao do esquadro; na verdade algo desnecessario pois quando mais tarde colocar o fundo no armario qualquer eventual pequeno desvio do esquadro sera naturalmente corrigido.

A carcaca colando, nos grampos

Grampos removidos apos uma hora
O proximo passo sera dimensionar e posicionar duas prateleiras para o interior do movel, e para tanto eu fiz um par de colagens aproveitando uns restos. Em funcao do tamanho desses restos, acabei tendo de fazer a colagem de tal forma que as prateleiras ficariam com o topo da madeira na parte frontal, exposta. Pensei, pensei, e... resolvi cometer um pecado. Grave. Mortal.

Resolvi seguir o modelo do que tinha feito na base e no topo do movel, e colei uma tira de muracatiara na frente do que serao as prateleiras.


E por que sera isso um pecado mortal? Porque as pecas estao coladas com os veios cruzados, a 90°!! Isso quer dizer que a madeira da parte maior da prateleira ira 'trabalhar' — dilatar e contrair conforme a umidade do ar aumente ou diminua — no sentido da largura da prateleira. E a tira colada na frente nao acompanhara esse movimento, mas ira dilatar e contrair no sentido da profundidade da prateleira. Nao ha o que impeca esse 'trabalho', nem cola capaz de resistir a essa continuada 'massagem', o que significa que em tempo, inevitavel, inescapavelmente a tira da frente vai descolar.

Ciente disso, mas pensando em talvez adiar o inevitavel para quando eu ja tiver virado cinzas e fumaca, ou coisa parecida, resolvi dar uma 'roubadinha' e introduzi nove palitos de dente em nove furos atraves da tira dianteira para ver se isso sera capaz de reforcar a assumidamente malfadada colagem. Caduquice, ou aprendizado experimental... voces decidam, hehe.

Nove palitos de dente em cada tira
E sim, sim: melhor parar por aqui por enquanto, antes que surjam outras ideias malucas...


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Armario aereo para a cozinha — I (suador)

Tendo feito em muracatiara as folhas curvas da porta para o armario — como relatado na postagem anterior, a primeira de 2015 — resolvi fazer a carcaca em pinho (araucaria) para tentar deixar o movel um pouco menos pesado, considerada a alta densidade do goncalo-alves.

Em funcao das dimensoes que projetei, acabei me deparando com um problema: a base e o topo da carcaca terao de ter 355mm de profundidade, ou seja, essa dimensao na largura da prancha. Nao se acha pinho nessa largura, claro, mas achei com 320mm. Facil: colar uma ripinha no fundo, na parte que ficara junto `a parede, e nem vai-se ver. Mas ha outro problema: minha desempenadeira e meu desengrosso aceitam no maximo 30cm de largura. Facil: corta-se a chapa para caber nas plainas e cola-se uma ripinha um pouco mais larga, oras. Confesso, normalmente seria isso que eu faria.

Mas aconteceu que no Forum Madeira! eu me envolvi em uma conversa relativamente ao uso de morsa na bancada de marceneiro ser essencial ou superfluo. E como eu mantenho o uso de morsa na bancada e' superfluo, uma das questoes que surgiu foi como, sem morsa, fixar uma prancha para plainar de face? Dai ocorreu-me eu poderia unir o util ao talvez instrutivo aqui no blog, e resolvi aparelhar a prancha que vou utilizar no movel, mais especificamente desempena-la e desengrossa-la, utilizando plainas manuais e meu modo preferido de fixa-la na bancada, com valetes (holdfasts) e dogs (aqueles pinos que se colocam em furos feitos no topo da bancada, e cujo nome em portugues infelizmente desconheco).


(Parece-me de bom alvitre esclarecer eu gosto de utilizar ferramentas manuais por uma serie de fatores. Mas nao sou fanatico e muito menos contrario ao uso de ferramentas motorizadas; prefiro sempre o caminho do melhor resultado, se possivel com menor esforco, digamos asssim. Especificamente desempenar e desengrossar sao atividades que praticamente sempre eu prefiro executar com plainas eletricas, e a razao talvez fique evidente olhando essas duas imagens ahi ao lado, mostrando o volume de maravalha produzido na desempenadeira e no desengrosso eletricos aparelhando as madeiras para as portas e as laterais do futuro movel. Deu para encher um saco e meio de lixo, de 100 litros. Na plaina manual, trabalho para uns bons pares de dias, puxados. Nas eletricas uma manha, com resultado tao bom ou melhor do que posso obter na mao.)


Feito o parenteses e explicado por que considero aparelhar uma taboa na mao algo de todo nao rotineiro, o fato e' que coloquei a prancha de 1400x320x25mm sobre a bancada e, fixando-a como veremos, iniciei a plainar uma das faces na transversal dos veios com uma plaina de desengrosso (scrub plane):

Na imagem acima a plainagem de desengrosso/desempeno iniciada. As setas vermelhas apontam os pontos de fixacao. Da esquerda para a direita, um dog na ponta da taboa, um parafuso de superficie empurando o compensado contra a lateral da taboa, um valete sujeitando um sarrafo contra a lateral da taboa, e outro dog mais 'abaixo' ainda. A seta verde aponta o valete no outro lado da taboa, o qual a prende e solta em segundos, conforme desejado. A imagem abaixo foi tomada pelo outro lado; o mesmo objeto, as mesmas setas vermelhas...




Aparelhar na mao e' um trabalho algo demorado, demanda um bom esforco e litros de suor, especialmente no verao, hehe, como imagino o acumulo de maravalhas ahi ao lado possa sugerir. Alem disso, ate por cortar na transversal dos veios ao inves de no sentido longitudinal, e' atividade que pesa na lamina da plaina, demandando o fio mais apurado possivel, o que nao raro significa a necessidade de apurar o fio durante o processo.

Quando se atinge perto, uns 3-5mm da espessura desejada, e' hora de conferir se nao restaram empenamentos e, caso os haja, corrigi-los. Isso e' feito, primeiro, usando-se uma barra reta para conferir se nao ha ondulacoes, e entao utilizando-se umas barrinhas — que podem ser de madeira, metal, qualquer coisa que se preste — para verificar nao haja torsao na superficie, como talvez seja mais facil entender simplesmente vendo as fotos abaixo.






Acertado nao haja empenamentos, a face e' entao regularizada empregando-se uma plaina desempenadeira (no.7 ou 8) e/ou uma plaina jack (no.6 ou 5), a taboa e' virada e o processo e' repetido na outra face ate chegar-se na espessura desejada, com o cuidado adicional de conferir, alem da ausencia de quaisquer empenamentos, que ambas as faces fiquem perfeitamente paralelas — o que nao e' dificil, mas por certo e' um pouco demorado.

Neste caso especifico, eu optei por deixar uma das faces (a que sera a externa) sem regularizar, por razoes esteticas. (Sempre ha o recurso, caso a coisa fique feia, de a qualquer momento antes da colagem aplicar a regularizacao.)

Ahi abaixo, entao, o resultado de uma manha de trabalho:




Cansa um pouco sim, e' verdade. Mas e' inacreditavel o que melhora o paladar da cerveja!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Comecar de novo


Ultimo dia de ferias e a perspectiva de um ano que promete choro e ranger de dentes...

A contemplacao da barra pesada me leva a pensar ser muito melhor arranjar algo de util para fazer do que ficar sombriamente remoendo a azia de maus pensamentos.

Vai dai, penso que talvez esteja mais do que na hora de criar coragem e encarar os problemas da minha cozinha. Tipo "moveis planejados", construida de aglomerado revestido com formica e laminado de madeira, a mobilia da cozinha veio com a casa quando a comprei e embora ja bem 'gasta' e alojando uma bela colonia de cupins, o fato e' que me assusta um pouco meter a mao nessa colmeia, ate porque e' daquelas coisas que depois que se inicia nao ha como parar antes do fim. Mas trocar aquilo tudo por moveis de madeira de repente podera ser, alem de algo util, uma excelente oportunidade para exercitar a criatividade em design, tentando criar algo que nao siga o padrao dos catalogos — e muito provavelmente me envolver em uma atividade que vai-me ocupar o ano todo, sem ficar remoendo por que cargas d'agua eu devo contribuir para pagar um emprestimo que afinal foi feito com o meu dinheiro enq... Mas nao! Nao, nao, nao. Deixa pra la.


Resolvi iniciar a abordagem por essa parede. Construidas (na falta de melhor palavra) muito antes de eu sequer pensar em brincar com marcenaria, as prateleiras foram feitas com cortes de taboinhas de soalho de ipe, fixadas com maos-francesas compradas no supermercado. Mais simples impossivel, e tem la suas vantagens: facil de achar e facil de pegar o que se queira. Desvantagens tambem tem, claro, tao gritantes que nem precisa falar. Dai... pensei, imaginei, fui dar uma espiada em imagens na Teia buscando inspiracao, e tudo, e tal...

Resolvi comecar por um armario suspenso. E ate agora pelo menos, a unica coisa que esta definida no projeto e' o armario tera portas curvas. Bueno, se isso esta definido, entao maos `a obra.


Ate para reavivar a tecnica na minha memoria, optei por fazer as portas nos mesmos moldes das que tinha feito para um armario de canto que esta no meu banheiro e que, como relatei em postagem bem antiga aqui mesmo neste blog, me rendeu boas cervejas.

No armario do banheiro eu utilizei pinus e cedrinho. Para as portas do armario da cozinha resolvi usar muracatiara. Fiz uns desenhos em um software para ter ideia de dimensoes e angulos, concluindo as portas serao formadas, cada uma, por 4 ripas de 8cm de largura com os lados cortados em angulo de 5°. Isso acertado, serrei com ticotico manual dois pedacos de muracatiara na dimensao da altura das portas e iniciei por plainar uma face e um lado em esquadro, na desempenadeira. Apoiando a face plainada na mesa da serra de bancada, e o lado plainado na guia, cortei 4 ripas de 9cm de largura. As ripas foram entao para o desengrosso para igualar a espessura em todas e entao — cuidando de deixar bem marcada a sucessao dos cortes para poder acertar o encontro dos veios depois, na colagem — foram desdobradas ao meio, na serra fita. Isso feito, as agora oito taboinhas voltaram para o desengrosso para remover as marcas da serra fita e igualar as espessuras.

A essas alturas, estando as oito taboinhas com quatro lados aparelhados, paralelos e no esquadro, voltaram para serra de bancada para cortar um lado com 5° de inclinacao e, apos, com a guia da serra posicionada para um corte de 8cm, o outro lado foi igualmente cortado com a mesma inclinacao, resultando as taboinhas com uma seccao trapezoidal.


Cuidando de respeitar o posicionamento marcado para alinhar os veios, foram cortados respeitando o angulo as furas para posicionar quatro biscoitos em cada lado a ser unido, aplicados os biscoitos e cola, e as portas foram para os grampos.




Secas depois de 24h na prensa e com os bordos regularizados na serra de bancada, as folhas da porta ficaram assim (com um apoio embaixo no centro, claro, para ficarem na posicao):



Agora, vamos ver que carcaca as ira merecer...