Os tres pes, no torno |
As pranchas para as saias retas, curando o epoxi |
Apos 24 horas nos grampos, constatei o epoxi nao havia sequer endurecido; permanecia nao liquido, mas borrachento. Esperei 48 horas e, a situacao nao se alterando, removi os grampos. Como eu temia, as laminas se separaram: a colagem havia falhado completamente, me levando `a constatacao obvia o epoxi deveria estar vencido.
Para evitar descartar as belas laminas de maracatiara, resolvi remover o epoxi molenga que havia restado raspando com espatula tudo o que pude, e apos lavei bem as taboinhas com thinner, esfregando bem, e deixei secar por 12 horas. Aparentemente, nem sinal de residuos de epoxi.
Assim, resolvi refazer a colagem utilizando epoxi novo. Reaplicada a cola, recolocada a laminacao na forma e reapertados os grampos, em 24 horas o epoxi estava duro e seco. Por via das duvidas aguardei fechar 48 horas e removi os grampos.
Como esperado e como imagino possa ser visto na foto `a esquerda (como sempre, clicar nas imagens abre versoes em maior resolucao), ao ser removida a compressao a laminacao livre apresentou um pequeno 'rebote', a curva cedendo uma pequena percentagem.
Mas o fato e' a laminacao estava com sua curvatura definitiva, resistindo bem a compressoes sem deformar.
Dispondo entao da laminacao, a peca-chave, utilizando como gabarito um esquadro feito com duas pranchas de madeira e um pedaco de compensado fino como 'tela', desenhei em escala 1:1 o posicionamento dos pes e da curvatura da saia anterior da mesa para fazer as marcacoes das posicoes e angulos para cortar as furas nos pes e as espigas nas saias, e para tracar a curvatura para o tampo.
Sucesso!
Ou... sera?
No dia seguinte, animado, para dimensionar a laminacao curva conforme o gabarito tracado fui serra-la. No entanto...
... constatei que durante a noite a colagem havia cedido em uma area da laminacao — o espaco situado entre as duas setas vermelhas nessa imagem ahi `a direita. Um exame mais detalhado, como se ve nas fotos abaixo, mostrou um abaulamento da area afetada, como se evidencia pela diferenca entre as larguras apontadas entre as linhas brancas e as linhas verdes, e claros descolamentos, sinais indiscutiveis a colagem havia falhado em alguns pontos.
Fracasso!
Fazer o que? Recomecar tudo, ne?...
Aproveitando no miolo as laminas de pinho que eu ja havia serrado, refiz a laminacao e tornei a prensa-la na forma com grampos. Dessa vez no entanto, ja mais familiarizado com o processo (lamentavel, essa familiaridade, hehe) resolvi empregar cola PVA.
48 horas depois, tinha dado tudo certo. A nova laminacao nao teve quaisquer problemas de colagem, a curvatura ficou identica `a da anterior, e pude dimensiona-la e cortar-lhe as espigas seguindo o gabarito sem sobressaltos.
A seguir, utilizando medidas derivadas das marcacoes no gabarito desenhado no compensado e das espigas, marquei e cortei as furas nos pes, utilizando um bedame e seguindo a tecnica ensinada por Mr. Paul Sellers. Alguns ajustes nas emendas com formoes, plainas block e shoulder, e — finalmente! — consegui chegar na primeira montagem seca.
Que e' onde — depois de quase duas semanas!, acredite quem quiser — estamos...
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