Pesquisando a Teia quanto a designs, para variar o que mais me bateu no gosto foram alguns modelos orientais. Gato escaldado por experiencias anteriores, nao me deixei iludir pela leveza e simplicidade dos modelos que vi: parece simples, parece facil, mas sei muito bem que e' complicadissimo tentar reproduzir aquelas pecas, demandando nao apenas tecnicas muito acima do meu teto, como apetrechos que simplesmente nao existem por aqui. De qualquer modo a inspiracao ficou como base enquanto eu ia, com a ajuda e os conselhos do sr. Travesseiro, imaginando o que e como conseguiria fazer, de preferencia utilizando os retalhos de boa madeira que sobraram da construcao da mesinha. Uns dias de funcionamento do separador de orelhas com o projeto fermentando la entre o 16° e o 73° plano e — plim! Um esboco de ideia para ir-se desenvolvendo com a propria construcao da coisa.
Alguns rabiscos, e tudo, e tal, e tracei em um programa de desenho no computador o contorno das primeiras pecas...
Para facilitar o entendimento do preparo das pecas, melhor iniciar com uma imagem de como ficou o abajur, praticamente montado:
Tendo obtido o desenho das pernas no computador, imprimi em papel que recortei e colei em alguns retalhos de imbuia, e entao serrei — na diagonal dos veios, e' verdade, mas foi como deu para conseguir aproveitar — na serra fita.
A seguir cortei oito sarrafinhos em maracatiara com seccao quadrada e entao cortei um chanfro de 45° em um dos lados de cada sarrafinho, a ideia sendo colar esses chanfros e obter quatro 'molduras' em esquadro.
Os cortes dos bizeis foram bem faceis, na minha mini-serra de bancada. A colagem dos sarrafinhos, dois a dois, para formar as 'molduras', nem tanto. Haja grampos... (Clique nas imagens para aumenta-las.)
Com as molduras coladas, a proxima etapa foi utilizar a tupia de mesa para fresar na face interior das pernas uns rasgos longitudinais em "V" de exatos 90°, onde encaixar os vertices das molduras.
O miolo montado e seca a cola, hora de fixar o miolo nos rasgos abertos nas pernas...
E chegamos nisso:
Que e' onde estamos...
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