domingo, 23 de dezembro de 2012
Completando a arte
Apos umas duas dezenas de demaos de goma-laca aplicadas com boneca, em uma tecnica bastante semelhante ao "polimento frances", a mesa sem pernas foi devidamente fixada em seu lugar definitivo.
Pelas imagens penso se pode perceber, em primeiro lugar, o por que de a mesa receber a dimensao e o formato que recebeu e, para os meus olhos pelo menos, como o conjunto 'fechou', ficou harmonico. Alem do que, o mais importante, a Arte moderna um tanto abstrata afinal esta em posicao adequada para cumprir sua finalidade...
Para finalizar o tema, uma mencao quanto ao acabamento aplicado...
Como mencionei, no tampo uma tecnica bastante semelhante ao "polimento frances" — mas algo simplificada, uma vez que a ideia era alcancar um acabamento brilhante, mas nao espelhado. Para os meus olhos a caracteristica alteracao de cor e reflexao do cedro conforme a incidencia da luz — um efeito chamado "olho de gato", ou moiré, ou chatoyance — ficou ainda mais acentuada com a aplicacao da goma-laca...
... e a superficie, embora sem atingir o brilho vitreo que se pode obter, ainda assim ficou suficientemente polida para permitir reflexos nitidos...
No resto da peca o acabamento foi, apos o oleo de tungue, tres demaos de goma-laca com pincel, lixa G-400, mais duas demaos com boneca e entao cera de carnauba, para um brilho bem menos intenso, acetinado.
Mas enfim, como diria meu amigo Cigano, "azar, eu gostei".
Pareceu-me um bom projeto com que encerrar esse 2012 quando, viu-se, o mundo NAO se acabou, hehe...
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Fechando o circulo
Uma ideia nascida no final do outono vai desabrochando agora, no fim da primavera...
Como relatado aqui mesmo no blog, no final de maio passado eu concluia uma peca altamente experimental que meu amigo Rmon — com inacreditavel aptidao, como se vera — veio a batizar de Arte moderna um tanto abstrata. Esse objeto retratado ahi `a esquerda, como provavelmente ninguem mais lembra.
Ninguem lembrara tampouco, imagino, o proposito do objeto seria servir de 'porta-trecos'. E inclusive eu comentava, para melhor disponibiliza-lo para seu objetivo ele deveria ser colocado no pequeno vestibulo em frente `a porta de entrada da casa, sobre uma mesinha. Mesinha ainda a ser construida.
E nisso ficamos...
Como relatado aqui mesmo no blog, no final de maio passado eu concluia uma peca altamente experimental que meu amigo Rmon — com inacreditavel aptidao, como se vera — veio a batizar de Arte moderna um tanto abstrata. Esse objeto retratado ahi `a esquerda, como provavelmente ninguem mais lembra.
Ninguem lembrara tampouco, imagino, o proposito do objeto seria servir de 'porta-trecos'. E inclusive eu comentava, para melhor disponibiliza-lo para seu objetivo ele deveria ser colocado no pequeno vestibulo em frente `a porta de entrada da casa, sobre uma mesinha. Mesinha ainda a ser construida.
E nisso ficamos...
-- oOo --
Em setembro entao, indo `a madeireira comprar uma chapa de compensado naval aproveitei, como sempre, para dar uma passeada no patio para espiar o estoque de madeiras macicas. (Va que de repente surjam uns exemplares de jacaranda? A gente nunca sabe, hehehe...) Como de costume, nao resisti `a tentacao das cores e curvas despudoradamente expostas em bruta nudez por algumas tabuas e o pudico compensado acabou achando companhia para a viagem.
Em especial no pequeno lote, tinha-me chamado a atencao uma tabua de 400x25x4cm de cedro rosa. O Alemao, funcionario da madeireira que usualmente me ajuda nas prospeccoes de bater tabuas, a tinha desprezado de cara por cheia de defeitos. Muitas irregularidades, algum empenamento, varios nos, falhas, brancal, manchas, desfiamentos. Uma droga!
Cedro rosa e' caro, e o Alemao se honra de sempre me apontar o melhor quando me ajuda. Ficou me olhando com certa estranheza quando eu disse que queria aquela tabua mas, como o fregues sempre tem razao e da gorjeta...
Obviamente, eu imaginava por tras daquelas irregularidades todas estava um padrao de veios que chamaria os olhos, e fiquei imaginando poderia empregar bem aquela tabua, talvez fazendo um desdobramento em folha de livro ou coisa parecida, em algum lugar bem chamativo de uma peca. A primeira coisa que me ocorreu foi fazer uma nova versao de um dos primeiros projetos que construi, esse Philadelphia spice cabinet em itauba ahi `a direita. Alem da oportunidade de corrigir todas as tantas mancadas que cometi no primeiro, o peso e a qualidade do cedro-rosa da tabua permitiriam um movelzinho mais leve e, supostamente, bem menos sobrio, mais chamativo.
A ideia nao foi executada (ainda?) devido a dois fatores fundamentais: a complexidade e a (sejamos crus) enchecao de saco de construir um projeto seguindo planos rigorosos, e o fato de que nao teria onde colocar a nova versao quando concluida (sem falar que as tantas gavetinhas desse ahi ainda estao todas vazias, hehe).
E entao, por esses dias ocorreu-me eu poderia utilizar a tabua na construcao do tampo para a mesinha aquela onde colocar a Arte moderna um tanto abstrata...
Fui `a Teia e aos meus arquivos buscar inspiracao para modelos possiveis. Varios pareciam inicialmente promissores mas esbarravam logo em objecoes intransponiveis. O vestibulo e' uma area bem pequena, obviamente muito transitada, dando acesso à sala e ao banheiro social, e praticamente todos os tipos de mesinhas que vi, quando levava suas medidas para o vestibulo, ou viravam trambolhos obstrutivos, ou ficavam grosseira e/ou ridiculamente fora de proporcoes.
Foi quando assisti um velho video do Norm Abram mostrando a construcao do que ele denominou wall hung console. Essencialmente, uma prateleira!
Firmada a ideia da prateleira, o projeto do New Yankee Workshop foi deixado de lado. Quando serrei e fiz a aparelhagem grossa do que seria a prateleira, a madeira revelou-se ainda mais bonita do que eu esperava. E ahi, lembrando usualmente madeiras muito figuradas beneficiam-se de designs ultra simples, ao inves das tecnicas de Mr. Abram resolvi foi mesmo fazer do jeito mais simples possivel.
Construida ontem sob uma temperatura que alcancou 39°C, hoje o acabamento teve de ser interrompido porque o velho Pedro resolveu continuar mandando chuva e, convenhamos, quando chove nao e' hora de se utilizar qualquer acabamento.
Quando clarear o horizonte eu volto `a lide.
E, claro, depois conto para voces...
Obviamente, eu imaginava por tras daquelas irregularidades todas estava um padrao de veios que chamaria os olhos, e fiquei imaginando poderia empregar bem aquela tabua, talvez fazendo um desdobramento em folha de livro ou coisa parecida, em algum lugar bem chamativo de uma peca. A primeira coisa que me ocorreu foi fazer uma nova versao de um dos primeiros projetos que construi, esse Philadelphia spice cabinet em itauba ahi `a direita. Alem da oportunidade de corrigir todas as tantas mancadas que cometi no primeiro, o peso e a qualidade do cedro-rosa da tabua permitiriam um movelzinho mais leve e, supostamente, bem menos sobrio, mais chamativo.
A ideia nao foi executada (ainda?) devido a dois fatores fundamentais: a complexidade e a (sejamos crus) enchecao de saco de construir um projeto seguindo planos rigorosos, e o fato de que nao teria onde colocar a nova versao quando concluida (sem falar que as tantas gavetinhas desse ahi ainda estao todas vazias, hehe).
E entao, por esses dias ocorreu-me eu poderia utilizar a tabua na construcao do tampo para a mesinha aquela onde colocar a Arte moderna um tanto abstrata...
Fui `a Teia e aos meus arquivos buscar inspiracao para modelos possiveis. Varios pareciam inicialmente promissores mas esbarravam logo em objecoes intransponiveis. O vestibulo e' uma area bem pequena, obviamente muito transitada, dando acesso à sala e ao banheiro social, e praticamente todos os tipos de mesinhas que vi, quando levava suas medidas para o vestibulo, ou viravam trambolhos obstrutivos, ou ficavam grosseira e/ou ridiculamente fora de proporcoes.
Foi quando assisti um velho video do Norm Abram mostrando a construcao do que ele denominou wall hung console. Essencialmente, uma prateleira!
Firmada a ideia da prateleira, o projeto do New Yankee Workshop foi deixado de lado. Quando serrei e fiz a aparelhagem grossa do que seria a prateleira, a madeira revelou-se ainda mais bonita do que eu esperava. E ahi, lembrando usualmente madeiras muito figuradas beneficiam-se de designs ultra simples, ao inves das tecnicas de Mr. Abram resolvi foi mesmo fazer do jeito mais simples possivel.
As pecas recortadas na serra fita, ja devidamente lixadas e sendo envenenadas com Jimo Cupim® |
A parte inferior da prateleira ja montada, com uma demao de oleo de tungue |
A parte de cima da prateleira com uma demao de oleo de tungue — bota madeira feia nisso! |
Quando clarear o horizonte eu volto `a lide.
E, claro, depois conto para voces...
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
A serragem toma forma
Utilizando, logo que secaram, algumas das pranchinhas que a limitacao de meu ferramental permitiu obter dos restos da figueira, para ver que jeito pegava — e tambem para poder afirmar que nem so gamelas pode-se fazer com o lenho — construi uma caixinha...
Inicialmente, claro, as pranchinhas foram aparelhadas e grosseiramente dimensionadas para ter-se uma ideia de tamanho, embora eu ainda nao tivesse uma nocao mais exata de como a peca ficaria...
Com ajuda de algumas consultas ao travesseiro a forma final da peca veio vindo `a luz, as tabuinhas foram devidamente ajustadas e saiu a montagem. Ahi abaixo, a peca ja montada tendo recebido uma demao de oleo de tungue como fundo do acabamento:
Seco o oleo, a peca recebeu goma-laca com lixamento leve com grana 400 entre as cinco demaos e entao cera, para um acabamento acetinado.
No melhor dos mundos, eu teria preferido ter feito a tampa em uma peca unica, ao inves da colagem; provavel que o resultado estetico ficasse melhor. Mas, como ficou, achei que a madeira de gameleira-branca, com seus veios retorcidos por certamente mais de seculo, mostrou-se bem chamativa e a peca pronta com a tampa fixada com uma dobradica nao ficou de todo ma, acho eu...
E, com toda certeza, uma gamela e' que nao e', hehehe...
Inicialmente, claro, as pranchinhas foram aparelhadas e grosseiramente dimensionadas para ter-se uma ideia de tamanho, embora eu ainda nao tivesse uma nocao mais exata de como a peca ficaria...
Com ajuda de algumas consultas ao travesseiro a forma final da peca veio vindo `a luz, as tabuinhas foram devidamente ajustadas e saiu a montagem. Ahi abaixo, a peca ja montada tendo recebido uma demao de oleo de tungue como fundo do acabamento:
Seco o oleo, a peca recebeu goma-laca com lixamento leve com grana 400 entre as cinco demaos e entao cera, para um acabamento acetinado.
No melhor dos mundos, eu teria preferido ter feito a tampa em uma peca unica, ao inves da colagem; provavel que o resultado estetico ficasse melhor. Mas, como ficou, achei que a madeira de gameleira-branca, com seus veios retorcidos por certamente mais de seculo, mostrou-se bem chamativa e a peca pronta com a tampa fixada com uma dobradica nao ficou de todo ma, acho eu...
E, com toda certeza, uma gamela e' que nao e', hehehe...
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Mais serragem
Como o bom nas ferias e' carregar pedras, tendo constatado as tabuas que como relatei havia desdobrado a partir de um pequeno toco de figueira estao quase tao secas quanto jamais ficarao, e sem evidenciar maiores empenamentos ou rachaduras, criei coragem para tentar desdobrar um toco maior. Obviamente meu maquinario continua limitado, nada adequado para atividades de serraria, sem falar na minha inexperiencia praticamente total em executar essas tarefas. (Alias, vale talvez apontar, a sobrecarga imprimida nas maquinas e na minha desgastada carcaca me pareceu tanta que acho a experiencia de desdobrar tocos em tabuas vai mesmo e' acabar nesse lote. A nao ser que eu descubra uma serraria pelos rededores, hehe.)
De qualquer modo, consegui obter no "corte grosso" 10 tabuinhas que futuramente, espero, poderao ser aparelhadas e/ou desdobradas para tentar construir algum projeto. Ahi abaixo as oito, mm, melhores, postas para secar:
As outras duas, que nem sei se serao aproveitaveis, sao essas ahi jogadas em meio a costaneiras e outras 'sucatas'. Sendo 'sucata' a designacao de madeiras que talvez tenham de esperar chegar o inverno para terem uso — se e' que voces me entendem.
Enfim, agora e' esperar a secagem, e vamos ver que suco se conseguira tirar desses frutos...
De qualquer modo, consegui obter no "corte grosso" 10 tabuinhas que futuramente, espero, poderao ser aparelhadas e/ou desdobradas para tentar construir algum projeto. Ahi abaixo as oito, mm, melhores, postas para secar:
As outras duas, que nem sei se serao aproveitaveis, sao essas ahi jogadas em meio a costaneiras e outras 'sucatas'. Sendo 'sucata' a designacao de madeiras que talvez tenham de esperar chegar o inverno para terem uso — se e' que voces me entendem.
Enfim, agora e' esperar a secagem, e vamos ver que suco se conseguira tirar desses frutos...
sábado, 8 de dezembro de 2012
Caco
Aproveitando um "buraco" nas ferias, aproveitei para dar uma limpeza na 'oficina'...
Entre outros cavacos, um toco, um pedaco carcomido de amoreira ja ia indo para o saco de lixo quando, reparando melhor, notei que embora muito pouco, praticamente nada restasse intacto do brancal, o cerne nao estava assim tao afetado. Curioso, pois essa madeira costuma sempre apresentar surpresas agradaveis, levei o toco ao torno so para ver o que sairia...
Acabamento com lixa ate grana 600 e cera, sem polimento.
Nao sei voces. Para mim, apesar de restar no pe o testemunho do estado lamentavel em que se encontrava o brancal, certamente foi outra vez uma surpresa agradavel, hehe...
Entre outros cavacos, um toco, um pedaco carcomido de amoreira ja ia indo para o saco de lixo quando, reparando melhor, notei que embora muito pouco, praticamente nada restasse intacto do brancal, o cerne nao estava assim tao afetado. Curioso, pois essa madeira costuma sempre apresentar surpresas agradaveis, levei o toco ao torno so para ver o que sairia...
Acabamento com lixa ate grana 600 e cera, sem polimento.
Nao sei voces. Para mim, apesar de restar no pe o testemunho do estado lamentavel em que se encontrava o brancal, certamente foi outra vez uma surpresa agradavel, hehe...
domingo, 2 de dezembro de 2012
Mesa auxiliar pronta
Apos ter aplicado cobertura de protecao em toda a mesa com antimofo reforcada com duas demaos de cera no tampo, colocar puxadores nas gavetas e fixado um resto de lencol de borracha para cobrir parte do tampo, ...
... carreguei a mesinha auxiliar com todos os apetrechos relacionados aos tornos (muito ferro e, acreditem, muito, muito peso) e dei o projeto como apto para o uso.
O uso, naturalmente, ira demonstrar a necessidade ou nao de futuros ajustes e ou acrescimos. Por exemplo esta em consideracao, para varios meetings com o travesseiro, se valera ou nao a pena incluir um gavetao na parte de baixo, ali onde esta a mala verde. Mas enfim, alguem ja disse que na verdade todo projeto e' um processo, hehehe...
... carreguei a mesinha auxiliar com todos os apetrechos relacionados aos tornos (muito ferro e, acreditem, muito, muito peso) e dei o projeto como apto para o uso.
O uso, naturalmente, ira demonstrar a necessidade ou nao de futuros ajustes e ou acrescimos. Por exemplo esta em consideracao, para varios meetings com o travesseiro, se valera ou nao a pena incluir um gavetao na parte de baixo, ali onde esta a mala verde. Mas enfim, alguem ja disse que na verdade todo projeto e' um processo, hehehe...
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sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Mesa auxiliar
Devido a ser aberta, nao ter paredes em dois lados e `a limitacao do espaco, utilizar as maquinas ditas estacionarias na minha 'oficina' quase sempre requer uma 'ativacao': tirar a maquina de onde esta guardada e coloca-la em posicao em que possa ser usada, e entao levar o rabicho com a alimentacao eletrica. Chato, irritante, mas inevitavel.
Embora a bancada, o torno grande e a serra de mesa sejam, por sua massa e/ou por fixacao ao piso, naturalmente "imexiveis", os acessorios ficam devidamente guardados e, para usa-los, igualmente e' preciso uma 'ativacao' chata e irritante. Especialmente para o torno isso fica trabalhoso, porque a cada setup e' preciso muita movimentacao. Cheguei a colocar uma caixa de papelao onde deixar os formoes durante o uso, mas mesmo assim nao e' infrequente gastar mais tempo indo e voltando do que propriamente torneando.
Pensando em dar um jeito nessa encrenca, resolvi fazer uma mesinha auxiliar para, primeiro, colocar todos os penduricalhos dos tornos em um lugar so e, depois, para facilitar o acesso e uso desses penduricalhos...
Tudo bem, eu sei que fazer antecipadamente um projeto no papel, mesmo minimo, um croqui que seja, representa no fim das contas consideravel economia, tanto no tempo de execucao, quanto por evitar desperdicio de materiais. Mas o fato e' que velhos cacoetes sao dificeis de largar, e quando se trata de 'moveis' para a oficina eu nao planejo e' nada; vou mesmo e' catando restos daqui e dali e deixo as ideias soltas para a coisa ir-se formando meio que por conta dela mesmo — se e' que faz algum sentido essa bobagem. Depois de pronto, claro que reparo mil e uma coisas que eu faria diferente e provavelmente com muito melhor resultado estetico e pratico, mas... E' coisa de velho. Azar que e' errado. E' assim que eu faco, e pronto!
Entao, utilizando uns retalhos de compensado quase totalmente mofados de preto (o que resultou no trabalho adicional de lavar as pecas com cloro antes das montagens), uma prancha (empenada, por supuesto!) de pinus, um sarrafo de cedro (com uns furos de broca) e retalhos de imbuia, acabei montando isso ahi embaixo sobre os rodizios que um dia foram da serra de fita:
As beiras de imbuia foram coladas no tampo e fixas com pocket screws nas pernas. Como se ve em detalhe ahi `a direita, adicionei cantoneiras nos seus cantos, para aumentar a firmeza da peca e para cobrir os furos dos parafusos. Nao esta visivel, mas no centro do tampo, na sua parte inferior, coloquei uma ripa de grapia, fixa ao tampo por cola e tres parafusos e `as beiras por um parafuso trespassante.
Feita a carcaca, furei as beiras com brocas forstner para ter onde colocar os formoes, confeccionei e fixei uma prateleira utilizando as travessas das pernas como apoio e entao parti para uma grossa enjambracao adaptando umas gavetas que tinha feito e nao utilizado em algum outro projeto esquecido — o que, claro!, acabou sendo a parte mais complicada e demorada da coisa toda.
Com o que chegamos ao que se ve nas fotos abaixo:
Antes de colocar em uso, ha ainda os sempre interminaveis retoques de acabamento e, inescapavelmente, havera que dar-se umas lixadas (sempre, sempre essa maldicao!!), aplicar antimofo, possivelmente colocar uns puxadores nas gavetas e...
Mas eu nao disse que a coisa vai-se fazendo por si mesmo? Pois entao?
E' coisa para outra hora — em breve, espero — em outra postagem, aqui neste batcanal.
Embora a bancada, o torno grande e a serra de mesa sejam, por sua massa e/ou por fixacao ao piso, naturalmente "imexiveis", os acessorios ficam devidamente guardados e, para usa-los, igualmente e' preciso uma 'ativacao' chata e irritante. Especialmente para o torno isso fica trabalhoso, porque a cada setup e' preciso muita movimentacao. Cheguei a colocar uma caixa de papelao onde deixar os formoes durante o uso, mas mesmo assim nao e' infrequente gastar mais tempo indo e voltando do que propriamente torneando.
Pensando em dar um jeito nessa encrenca, resolvi fazer uma mesinha auxiliar para, primeiro, colocar todos os penduricalhos dos tornos em um lugar so e, depois, para facilitar o acesso e uso desses penduricalhos...
Tudo bem, eu sei que fazer antecipadamente um projeto no papel, mesmo minimo, um croqui que seja, representa no fim das contas consideravel economia, tanto no tempo de execucao, quanto por evitar desperdicio de materiais. Mas o fato e' que velhos cacoetes sao dificeis de largar, e quando se trata de 'moveis' para a oficina eu nao planejo e' nada; vou mesmo e' catando restos daqui e dali e deixo as ideias soltas para a coisa ir-se formando meio que por conta dela mesmo — se e' que faz algum sentido essa bobagem. Depois de pronto, claro que reparo mil e uma coisas que eu faria diferente e provavelmente com muito melhor resultado estetico e pratico, mas... E' coisa de velho. Azar que e' errado. E' assim que eu faco, e pronto!
Entao, utilizando uns retalhos de compensado quase totalmente mofados de preto (o que resultou no trabalho adicional de lavar as pecas com cloro antes das montagens), uma prancha (empenada, por supuesto!) de pinus, um sarrafo de cedro (com uns furos de broca) e retalhos de imbuia, acabei montando isso ahi embaixo sobre os rodizios que um dia foram da serra de fita:
As beiras de imbuia foram coladas no tampo e fixas com pocket screws nas pernas. Como se ve em detalhe ahi `a direita, adicionei cantoneiras nos seus cantos, para aumentar a firmeza da peca e para cobrir os furos dos parafusos. Nao esta visivel, mas no centro do tampo, na sua parte inferior, coloquei uma ripa de grapia, fixa ao tampo por cola e tres parafusos e `as beiras por um parafuso trespassante.
Feita a carcaca, furei as beiras com brocas forstner para ter onde colocar os formoes, confeccionei e fixei uma prateleira utilizando as travessas das pernas como apoio e entao parti para uma grossa enjambracao adaptando umas gavetas que tinha feito e nao utilizado em algum outro projeto esquecido — o que, claro!, acabou sendo a parte mais complicada e demorada da coisa toda.
Com o que chegamos ao que se ve nas fotos abaixo:
Antes de colocar em uso, ha ainda os sempre interminaveis retoques de acabamento e, inescapavelmente, havera que dar-se umas lixadas (sempre, sempre essa maldicao!!), aplicar antimofo, possivelmente colocar uns puxadores nas gavetas e...
Mas eu nao disse que a coisa vai-se fazendo por si mesmo? Pois entao?
E' coisa para outra hora — em breve, espero — em outra postagem, aqui neste batcanal.
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terça-feira, 27 de novembro de 2012
Serragens
Feita a poda da figueira centenaria que domina o meu jardim, fiquei com alguns dos restos, nem uma duzia de toras. Ainda assim, quase um metro cubico de madeira. Infelizmente (ou talvez nao, hehe) nao disponho de equipamento de serraria; na verdade minha serra de fita tem reles 16,5 cm de altura maxima de corte, o que reduz em muito minha capacidade, tanto para cortar pranchas, como para desdobres. Muito provavelmente a maior parte dessa madeira que guardei ira ser processada no torno, uma questao de conveniencia. Mas de qualquer maneira resolvi tentar obter umas pranchinhas pensando em praticar uns processos que ate hoje so tinha visto em filmes e, quem sabe?, talvez futuramente conseguir produzir alguns projetos agradaveis.
Experimentalmente entao, escolhi uma das toras de menor diametro, serrei um segmento o menos tortuoso e, com a serra sabre e a serra de fita, cortei umas pequenas taboas:
Depois de serradas, empilhei sobre um pedaco de compensado e utilizei uns sarrafos para espacar as 'pranchas' para a secagem.
Nao faco ideia como essas pranchas, ainda soltando consideraveis quantidades de seiva (branca e muito pegajosa), irao se comportar na secagem.
De todo modo agora e' aguardar uns meses ate as pranchas ficarem tao estaveis quanto ficarao e entao ver o que sera possivel de se fazer para aparelha-las e que tal se prestarao em um futuro projeto.
Vamos ver...
Experimentalmente entao, escolhi uma das toras de menor diametro, serrei um segmento o menos tortuoso e, com a serra sabre e a serra de fita, cortei umas pequenas taboas:
Depois de serradas, empilhei sobre um pedaco de compensado e utilizei uns sarrafos para espacar as 'pranchas' para a secagem.
Nao faco ideia como essas pranchas, ainda soltando consideraveis quantidades de seiva (branca e muito pegajosa), irao se comportar na secagem.
De todo modo agora e' aguardar uns meses ate as pranchas ficarem tao estaveis quanto ficarao e entao ver o que sera possivel de se fazer para aparelha-las e que tal se prestarao em um futuro projeto.
Vamos ver...
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Misturando
Primeiro foi a poda da arvore, e ahi encadearam-se varios fatores que me mantiveram distante de postar aqui neste blog. Culminando, par de semanas atras, com uma pane total no meu micro, o que me deu o impulso que faltava para fazer um novo computador, capaz de suprir as limitacoes que o antigo ja manifestava. Interessantemente, nos entretantos de configurar a nova maquina lembrei-me e resolvi copiar uma ideia do meu filho, o que resultou em voltar `a marcenaria: Construir uma mesinha para dispor os monitores em uma posicao mais ergonomica e sem atulhar a mesa.
Procurando na 'sucata' encontrei um belo pedaco de prancha de imbuia. De bom tamanho mas, com 38cm, mais largo do que a capacidade de minhas plainas. Minha primeira ideia foi, uma tatica corriqueira nesses casos, depois de dimensionar o comprimento, ripar a prancha em duas, aparelhar devidamente no desempeno e no desengrosso e entao emendar os dois pedacos de volta. Mas ahi, por razoes que sei la, resolvi fazer `a moda antiga: aparelhar a prancha na mao, com plainas manuais — algo que so fiz na minha longinqua adoloscencia, e entao nem meia duzia de vezes.
Rapaz! A diferenca que os anos fazem! Tomei um suador de ensopar a camisa, tive de interromper o processo algumas vezes para encontrar ar e os bracos ainda hoje tem um tremorzinho e um dolorimento. Mas, depois de uma demao protetora de oleo de tungue, mereceu uma cerveja. Vejam so:
Marcadas as posicoes dos pes, levei o tampo para a furadeira de bancada e utilizei uma broca Forstner para fazer as furas onde encaixa-los. Nisso, claro, obtendo diametro e profundidade para tornear os tarugos na base dos pes.
Ahi foi levar as ripas para o torno, tornear os pezinhos, lixa-los (argh!), encaixa-los e cola-los no tampo...
E entao foi aplicar mais uma demao geral de oleo de tungue, depois outra.
Agora e' deixar secar bem o oleo, aplicar cera e... usar.
Procurando na 'sucata' encontrei um belo pedaco de prancha de imbuia. De bom tamanho mas, com 38cm, mais largo do que a capacidade de minhas plainas. Minha primeira ideia foi, uma tatica corriqueira nesses casos, depois de dimensionar o comprimento, ripar a prancha em duas, aparelhar devidamente no desempeno e no desengrosso e entao emendar os dois pedacos de volta. Mas ahi, por razoes que sei la, resolvi fazer `a moda antiga: aparelhar a prancha na mao, com plainas manuais — algo que so fiz na minha longinqua adoloscencia, e entao nem meia duzia de vezes.
Rapaz! A diferenca que os anos fazem! Tomei um suador de ensopar a camisa, tive de interromper o processo algumas vezes para encontrar ar e os bracos ainda hoje tem um tremorzinho e um dolorimento. Mas, depois de uma demao protetora de oleo de tungue, mereceu uma cerveja. Vejam so:
No primeiro plano o resto da prancha bruta de imbuia; atras o tampo ja aparelhado e com uma demao de oleo de tungue |
Aquilo foi ontem. Hoje, com o oleo seco e eu mais descansado, hora de fazer os pezinhos. Encontrei ainda um outro pedaco de imbuia e, na serra de bancada, cortei quatro ripinhas das quais tornear os pes. A fixacao, aproveitando o torno, por entarugamento.
Assim, antes de levar as ripas para o torno, primeiro marquei a posicao dos pes utilizando um gabarito feito com uma folha de papel e um prego:
Marcadas as posicoes dos pes, levei o tampo para a furadeira de bancada e utilizei uma broca Forstner para fazer as furas onde encaixa-los. Nisso, claro, obtendo diametro e profundidade para tornear os tarugos na base dos pes.
Ahi foi levar as ripas para o torno, tornear os pezinhos, lixa-los (argh!), encaixa-los e cola-los no tampo...
E entao foi aplicar mais uma demao geral de oleo de tungue, depois outra.
Agora e' deixar secar bem o oleo, aplicar cera e... usar.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
A Poda
Infelizmente, a enorme, mais que centenaria figueira-de-folha-miuda que enfeita o meu jardim tem, desde que eu adquiri a casa (em parte justamente por causa da figueira), uma consideravel necrose na base do tronco, saiba-se la por que origem...
Ha uns quatro anos solicitei vistoria pelo orgao especializado e a recomendacao foi pela erradicacao do vegetal, pelo risco de quebra/queda. Na ocasiao, contentei-me com efetuar a poda de dois dos grandes (>1m de diametro e ~8m de comprimento) galhos que ficavam por cima da casa, esperando que a vovo arranjasse ela mesmo jeito de, com a consideravel perda de peso, dar-se um jeito.
Ainda infelizmente, o processo de necrose continuou escavando ocos pelo tronco e, em julho passado, voltei a solicitar uma vistoria para obter autorizacao para uma nova poda visando nova reducao de peso e do risco — para mim, meus vizinhos e passantes da rua — de queda/quebra da arvore.
Apos a usual e esperada longa demora, finalmente consegui vencer as etapas da gincana burocratica e obter liberacao para poda da mais inestimavel joia do meu jardim. O processo iniciou-se ontem, com a remocao de dois galhos (que saiam da forquilha que na foto ao lado se ve imediatamente acima do andaime).
As fotos abaixo, com os restos da poda devidamente 'picotados' para remocao, talvez deem uma ideia do volume ja removido:
Isso foi o resultado de um dia de trabalho. E e' apenas 1/5 da poda proposta!...
Sim, eu sei: ao final, muito da grandiosa majestade da velha figueira estara perdida, restara apenas uma sombra palida do que era. Mas fazer o que? Pelo menos ela ainda estara viva, a ameaca de queda adiada para provavelmente muito alem do meu tempo sobre a terra. E, com a imensa capacidade regenerativa caracteristica da especie, acho que ainda a verei, se mais modesta, vicejando e bela.
Mas o que afinal tem isso tudo a ver com marcenaria em casa?
Bueno, o fato e' que no entanto estiver envolvido com essa 'obra', simplesmente nao vai sobrar tempo (nem vontade, sejamos sinceros) para trabalhos na 'oficina' — e me pareceu eu devia essa explicacao para meus sete fieis leitores...
Ha uns quatro anos solicitei vistoria pelo orgao especializado e a recomendacao foi pela erradicacao do vegetal, pelo risco de quebra/queda. Na ocasiao, contentei-me com efetuar a poda de dois dos grandes (>1m de diametro e ~8m de comprimento) galhos que ficavam por cima da casa, esperando que a vovo arranjasse ela mesmo jeito de, com a consideravel perda de peso, dar-se um jeito.
Ainda infelizmente, o processo de necrose continuou escavando ocos pelo tronco e, em julho passado, voltei a solicitar uma vistoria para obter autorizacao para uma nova poda visando nova reducao de peso e do risco — para mim, meus vizinhos e passantes da rua — de queda/quebra da arvore.
Apos a usual e esperada longa demora, finalmente consegui vencer as etapas da gincana burocratica e obter liberacao para poda da mais inestimavel joia do meu jardim. O processo iniciou-se ontem, com a remocao de dois galhos (que saiam da forquilha que na foto ao lado se ve imediatamente acima do andaime).
As fotos abaixo, com os restos da poda devidamente 'picotados' para remocao, talvez deem uma ideia do volume ja removido:
Isso foi o resultado de um dia de trabalho. E e' apenas 1/5 da poda proposta!...
Sim, eu sei: ao final, muito da grandiosa majestade da velha figueira estara perdida, restara apenas uma sombra palida do que era. Mas fazer o que? Pelo menos ela ainda estara viva, a ameaca de queda adiada para provavelmente muito alem do meu tempo sobre a terra. E, com a imensa capacidade regenerativa caracteristica da especie, acho que ainda a verei, se mais modesta, vicejando e bela.
Mas o que afinal tem isso tudo a ver com marcenaria em casa?
Bueno, o fato e' que no entanto estiver envolvido com essa 'obra', simplesmente nao vai sobrar tempo (nem vontade, sejamos sinceros) para trabalhos na 'oficina' — e me pareceu eu devia essa explicacao para meus sete fieis leitores...
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Marcando passo
Embora a vontade de ativar a 'oficina' seja intensa e ideias de um par de projetos andem sacolejando os meus miolos, o fato e' que o implicantissimo Pedro nao tem cooperado. Mas nao tem cooperado mesmo. O preco daquele verao em agosto aparentemente ainda nao foi pago, ou a seca que grassou no estado desde o verao passado ainda nao foi suficientemente irrigada ou, sei la. De todo modo, nao e' que o tempo tenha andado pouco convidativo para usar a 'oficina'. Nao. Tem andado e' proibitivo, com agua respingando por tudo, praticamente todos os dias nas ultimas semanas.
Se parece que estou exagerando, tirem a temperatura com uma olhada nessa imagem do inicio da noite de sabado passado — colhida por Fernando Mainar e publicada no blog da Metsul Metereologia :
Mas de qualquer modo a coceira por mexer em madeira e' um troco serio e assim, embora o tempo continue feio e prometendo enfeiar ainda mais nos proximos dias, aproveitei uma estiada para testar uma ideia...
Ainda nao defini bem onde, nem exatamente como, vou usar, mas resolvi construir uma 'estrela' de madeira. E' verdade que, se meu separador de orelhas soubesse lidar com numeros, geometria, essas coisas que as pessoas normais tiram de letra, eu nem precisaria de ensaios. Mas o fato e' que quando a coisa tem a ver com medidas, angulos, angulos rebatidos, por ahi... tem que desenhar. Ou eu nao entendo.
Bem conformado com minhas limitacoes, usei um programa de desenho no computador para criar o elemento basico da estrela, e plotei (bem explicadinho para meu separador de orelhas nao se embananar na hora H) como teria de cortar as pecas:
Mas entao, com o plano bem explicadinho devidamente impresso em papel para evitar qualquer horror, fui para a serra tentar transformar a ideia em coisa solida.
Devo confessar que me surpreendi!
Saiu tudo certo, e de primeira. E voces podem ficar agradecidos: estava tao, mas tao envolvido em aplicar o corte no angulo certo (depois, claro, de riscar bem riscadinho onde exatamente era mesmo que eu tinha de cortar, ora bolas), tao concentrado nos cortes estava que acabei esquecendo de fotografar o processo — e assim voces serao poupados de ter de espiar um monte de imagens totalmente desinteressantes.
E e' com a alma lavada e enxaguada de justo brilho e merecido orgulho que lhes apresento o resultado final da empreitada:
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Se parece que estou exagerando, tirem a temperatura com uma olhada nessa imagem do inicio da noite de sabado passado — colhida por Fernando Mainar e publicada no blog da Metsul Metereologia :
O brilho atras do edificio e' o Estadio Olimpico, onde jogavam Cruzeiro e Gremio... |
Mas de qualquer modo a coceira por mexer em madeira e' um troco serio e assim, embora o tempo continue feio e prometendo enfeiar ainda mais nos proximos dias, aproveitei uma estiada para testar uma ideia...
Ainda nao defini bem onde, nem exatamente como, vou usar, mas resolvi construir uma 'estrela' de madeira. E' verdade que, se meu separador de orelhas soubesse lidar com numeros, geometria, essas coisas que as pessoas normais tiram de letra, eu nem precisaria de ensaios. Mas o fato e' que quando a coisa tem a ver com medidas, angulos, angulos rebatidos, por ahi... tem que desenhar. Ou eu nao entendo.
Bem conformado com minhas limitacoes, usei um programa de desenho no computador para criar o elemento basico da estrela, e plotei (bem explicadinho para meu separador de orelhas nao se embananar na hora H) como teria de cortar as pecas:
(Imagino meus sete fieis leitores percebarao logo que a ideia foi estabelecer um plano de cortes dispensando medidas. Sim, sim, sempre e' bom poupar meu pobre separador...)
Mas entao, com o plano bem explicadinho devidamente impresso em papel para evitar qualquer horror, fui para a serra tentar transformar a ideia em coisa solida.
Devo confessar que me surpreendi!
Saiu tudo certo, e de primeira. E voces podem ficar agradecidos: estava tao, mas tao envolvido em aplicar o corte no angulo certo (depois, claro, de riscar bem riscadinho onde exatamente era mesmo que eu tinha de cortar, ora bolas), tao concentrado nos cortes estava que acabei esquecendo de fotografar o processo — e assim voces serao poupados de ter de espiar um monte de imagens totalmente desinteressantes.
E e' com a alma lavada e enxaguada de justo brilho e merecido orgulho que lhes apresento o resultado final da empreitada:
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sábado, 29 de setembro de 2012
Carpinteiragens III
Embora os fados e, evidentemente, a implicancia continuada do velho Pedro tenham conspirado para me manter afastado de atividades na 'oficina', consegui afinal concluir e colocar a encantada segunda porta do deposito...
Agora, e' continuar aplicando o oleo de linhaca e, quando der na telha e o clima deixar, acertar os acabamentos, tanto das portas como da alvenaria.
E, daqui uns anos, ver o que vai acontecer com as portas...
E, daqui uns anos, ver o que vai acontecer com as portas...
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