Procurando na 'sucata' encontrei um belo pedaco de prancha de imbuia. De bom tamanho mas, com 38cm, mais largo do que a capacidade de minhas plainas. Minha primeira ideia foi, uma tatica corriqueira nesses casos, depois de dimensionar o comprimento, ripar a prancha em duas, aparelhar devidamente no desempeno e no desengrosso e entao emendar os dois pedacos de volta. Mas ahi, por razoes que sei la, resolvi fazer `a moda antiga: aparelhar a prancha na mao, com plainas manuais — algo que so fiz na minha longinqua adoloscencia, e entao nem meia duzia de vezes.
Rapaz! A diferenca que os anos fazem! Tomei um suador de ensopar a camisa, tive de interromper o processo algumas vezes para encontrar ar e os bracos ainda hoje tem um tremorzinho e um dolorimento. Mas, depois de uma demao protetora de oleo de tungue, mereceu uma cerveja. Vejam so:
No primeiro plano o resto da prancha bruta de imbuia; atras o tampo ja aparelhado e com uma demao de oleo de tungue |
Aquilo foi ontem. Hoje, com o oleo seco e eu mais descansado, hora de fazer os pezinhos. Encontrei ainda um outro pedaco de imbuia e, na serra de bancada, cortei quatro ripinhas das quais tornear os pes. A fixacao, aproveitando o torno, por entarugamento.
Assim, antes de levar as ripas para o torno, primeiro marquei a posicao dos pes utilizando um gabarito feito com uma folha de papel e um prego:
Marcadas as posicoes dos pes, levei o tampo para a furadeira de bancada e utilizei uma broca Forstner para fazer as furas onde encaixa-los. Nisso, claro, obtendo diametro e profundidade para tornear os tarugos na base dos pes.
Ahi foi levar as ripas para o torno, tornear os pezinhos, lixa-los (argh!), encaixa-los e cola-los no tampo...
E entao foi aplicar mais uma demao geral de oleo de tungue, depois outra.
Agora e' deixar secar bem o oleo, aplicar cera e... usar.
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