segunda-feira, 30 de julho de 2012

Roda moinho, roda piao...

Quem girou mesmo foi meu carrocao, o novo torno velho, agora oficialmente inaugurado.

Durante o fim de semana, enquanto inclusive me recuperava da sobrecarga fisica, o separador de orelhas ficou matutando em terceiro plano o que se faria para inaugurar o brinquedao. Hoje, bem descansado, quando preparei o torno para uso lembrei que estava precisando de um descanso para por na mesa pratos quentes ou panelas — ou ainda para colocar a chaleira do chimarrao.

Pois entao?

Peguei na 'sucata' uma ponta de prancha de cedro rosa, cortei em quadrado na serra fita, 36cm na diagonal e... maos `a obra, torno aos giros. Como esperado, a maquina sobrou. Motor, cabecote, inversor, tudo trabalhou frio. (Ta, tudo bem, a correia ficou morna, mas e' detalhe, hehe.) Rotacao baixa para balancear, alta, bem alta para tornear os 'fantasmas' das pontas, mais ar do que madeira sob o ferro, bem baixa e inversao de giro para lixar...

Ficou bem evidente a maquina esta bem capacitada. Mais uns poucos milhares de horas e, espero, o torneiro tambem ficara...


Ahi `a esquerda da para ver quase o fim dos giros: o descanso ja torneado e lixado recebeu uma demao de agua para 'arrepiar' as fibras antes da ultima lixada. Como sempre, a quantidade de maravalha e' epica, hehe...

Abaixo, a peca pronta com o trabalho de (argh!) lixa ja concluido...



E entao, o acabamento. Cheguei a pensar em goma-laca, mas lembrando para que vai servir a peca conclui o mais indicado seria oleo de tungue. Ahi esta ela, ainda ensopada com a primeira demao do oleo, nao muito diferente, imagino, do que ficara quando dada por pronta daqui par de semanas:


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Pronto e girando

So para comunicar — feliz como um passarinho! — a instalacao do inversor de frequencia no novo torno velho deu um certo trabalho, mas esta operando nos trinques.



Tudo parametrizado, programado, regulado, engraxado, so faltou mesmo foi girar umas madeiras. Mas a 'oficina' com a funcao de trabalhos em metal e eletricidade acabou ficando uma zorra, e depois de ver o brinquedao funcionando como eu queria deu uma ressaca braba. Carrego decadas demais para dar expediente de 12 horas em servico pesado tres dias seguidos, hehehe; uma hora tem de se pagar essa conta.

Azar! Com sorte na proxima segunda-feira faco os primeiros giros. Vamos ver...

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ainda aqui...

Nao, nao. Ainda nao encerrei minhas atividades, nao.

Em primeiro lugar o inverno. Dado que minha 'oficina' e' aberta em dois lados, nao e' dos lugares mais convidativos quando a temperatura se mede em um so digito — o que nao tem sido raridade nos ultimos dias. Mas o fato e' que nao estive exatamente inativo.

Meio que sem querer, acabei encontrando e adquirindo um torno manual de bom tamanho — uma longa historia da qual vou poupa-los, hehe. Mas embora o torno estivesse em muito bom estado, e' um modelo bem antigo, de 1955 mais precisamente, e naqueles tempos ou os padroes eram diferentes dos atuais, ou nao havia padroes. Vai dai que tive que me socorrer dos servicos de um torneiro mecanico para poder capacitar o novo torno velho aos perifericos que ja tenho. E torneiros mecanicos nao sao exatamente expeditos, se e' que voces me entendem...

Encurtando a longa historia, as guaribadas estao concluidas, fiz a instalacao mecanica e eletrica do motor e consegui montar todo o torno.













Para colocar o colosso a funcionar falta apenas instalar um inversor de frequencia — a outra coisa que me tomou um tempo consideravel para entender direito como setar e programar.


Como imagino se possa ver na foto `a direita, soldei um cano na parte posterior do barramento em cujo topo pretendo colocar o inversor.


De qualquer maneira ja respiro aliviado por ter concluido a parte que gosto menos, a coisa de lidar com metal, e o que vem por ahi pretendo fazer — aleluia! — com madeira.


Exceto talvez, bem mais la pra frente, um certo banjo...


Mas nao atropelemos os bois. A seu tempo. Tudo a seu tempo....

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Deu um solzinho...

O adaptador para a placa de castanhas ainda nao chegou; e' possivel ainda va demorar mais de um mes, imagino.  Pelo muito que isso me contrarie, o pobre torninho novo continua la, abandonado sob o plastico porque, claro, pelo Principio da Implicancia Natural das Coisas as unicas ideias que me brotam para giros implicam inevitavelmente em usar placa. Tsc, tsc, tsc...

Nao que isso signifique que adiei os meus treinos. Nao, senhor. O torno velho ainda esta la. O setup e' cansativo e irritantemente mal bolado, o sistema de controle de velocidade apresenta sinais evidentes, gritantes, clamorosos, que a qualquer hora faz cabum!, mas a encrenca continua capaz de ajudar meu aprendizado e, se vem uma ideia, melhor nao deixar passar. Afinal, e' bem sabido, ideias tem essa tendencia a se evaporar muito rapidamente da memoria.

Aproveitando depois de sumido por quase uma semana o Sol resolveu voltar a dar uma espiada aqui no portinho, eu resolvi tentar executar uma ideia: girar uma caixa com asas utilizando madeira bruta, nao aparelhada. Usei ainda outra vez retalhos de amoreira. Toda a atencao nas medidas de seguranca, em especial com o perigo da 'helice' girando quase invisivel e... ficou assim, depois da primeira demao de oleo de tungue:





quarta-feira, 4 de julho de 2012

Melhorando

Antes que o velho Pedro embeste e o bom tempo acabe, decidi aproveitar ainda mais um bom retalho de boa madeira, imbuia no caso, para apurar a tecnica de fazer tigela de prancha.











Certamente ficou bem melhor. Consegui eliminar duzias de erros em relacao à minha primeira tentativa, mas evidentemente ainda restaram duzias de erros — que preferi nao corrigir para lembra-los, e evita-los na terceira tentativa.

E nao, nao utilizei o torninho novo para girar essa peca, pois ainda estou aguardando a chegada do adaptador para a placa de castanhas.

Mas ja deu para perceber uma serie de coisinhas que necessitam bastante atencao, desde o projeto no computador, ate detalhes de construcao.

Embora ainda bem longe do ideal, o acabamento com cera ficou bem melhor dessa feita, mas ainda vou ter de revisar a tecnica de preparo da colagem para que as linhas de cola nao fiquem tao visiveis. E provavelmente uma tigela mais rasa, com os cortes em angulos menos agudos do que os desse vaso e portanto consentindo paredes mais espessas, ira permitir uma maior liberdade no design.

E' o que veremos uma hora dessas, talvez ja usando o brinquedo novo...