quinta-feira, 28 de julho de 2011

Segurando a peteca

Diz-se que o patrono do Rio Grande e' o velho Pedro. Imagino se nao fosse!

Aparentemente ter despejado por aqui ha uns dez dias um tal volume d'agua que configurou a terceira maior precipitacao do planeta no periodo (cosa poca, uns 300mm!) nao foi suficiente para acalmar a implicancia do patrono e, parece, vamos ter a dose repetida.

Um dos efeitos colaterais dessa umidade toda — comparativamente insignificante, sob certas oticas — e' que tive de proteger os tampos de ferro das minhas maquinas contra a ferrugem e o resultado e' que estao para todos os efeitos desativadas. Mas sim, e' verdade, nao poder dispor das maquinas mais importantes nao significa que nao se possa brincar de marceneiro. Alias semana passada, impulsionado por um desafio em desenvolvimento no forum Madeira!, inclusive confeccionei um estojo para ilustrar um processo construtivo fast and dirty, como dizem os Grandes Irmaos:

E hoje entao, para nao deixar a peteca cair — e tambem porque vinha muito sutil e apropriadamente sendo cobrado eu andava demolindo o cabo dos meus formoes ao usar martelo para bater-lhes — aproveitei a inspecao do maquinario para construir um malho. Na verdade um prototipo de malho, porque utilizei cedrinho e pinus, madeiras nao bem apropriadas para a funcao. O modelo definitivo que pretendo seja de ipe e grapia eu nao quis iniciar porque a trabalheira sera certamente bem maior com essas madeiras duras e eu queria me certificar quanto ao que e como daria para fazer antes de desperdicar tempo e boa madeira...

De todo modo foi interessante, divertido e instrutivo construir a ferramenta com serras, plainas e formoes, todos manuais. E o resultado, se nao e' nada para por numa vitrine, certamente ficou aceitavel e, o mais importante, funciona a contento, mesmo se provavelmente nao va durar muito...


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