sábado, 29 de setembro de 2012

Carpinteiragens III

Embora os fados e, evidentemente, a implicancia continuada do velho Pedro tenham conspirado para me manter afastado de atividades na 'oficina', consegui afinal concluir e colocar a encantada segunda porta do deposito...
Agora, e' continuar aplicando o oleo de linhaca e, quando der na telha e o clima deixar, acertar os acabamentos, tanto das portas como da alvenaria.

E, daqui uns anos, ver o que vai acontecer com as portas...

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Carpinteiragens II

Apesar do implicante do Patrono do Rio Grande ter insistido na revisita do inverno aqui no portinho, consegui terminar e instalar a primeira das portas do deposito:

Como planejado as partes internas, nao visiveis, foram protegidas com hidroasfalto (as manchas marrons sao retoques de hidroasfalto recem aplicados), e a face visivel recebeu ja duas demaos de oleo de linhaca. Agora, enquanto inicio a outra porta, vou acompanhando para ver se algum reparo, aperto, vedacao, etc., sera necessario para 'imunizar' totalmente a madeira da agua e, em uma semana, pretendo aplicar ainda mais uma camada de asfalto e mais duas demaos de oleo.

Afora isso, quando a outra porta estiver colocada ha ainda o acabamento final, remocao dos excessos da espuma de PU, reparos na alvenaria, etc.

Por enquanto e' isso. E a constatacao — mais uma vez — que reformar da no minimo o dobro do trabalho do que construir...


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Carpinteiragens

Ha algum tempo constatei a necessidade de reformar as portas de um deposito anexo ao predio da 'oficina'. Construidas em ferro, inteiramente expostas aos elementos na parte sul da casa, sempre a mais arrostada por chuvas e umidade em geral, a corrosao de pouco mais de decada atingiu niveis consideraveis...

(lembrando que, como sempre, clicar nas imagens abre uma janela com maior resolucao)




A primeira tentativa de consertar o problema foi a mais simples e mais obvia: orcar um reparo com um serralheiro — ja que estou bem consciente que meus dotes de lidar com metal sao, para dizer o minimo, limitadissimos. Tendo no entanto achado a carne muito, muito salgada, fui ver quanto me custaria o material para repor as portas em madeira e, nisso, o assunto ficou decido: juntando economia com aprendizado, vou substituir as portas por madeira. (Nao, madeira plastica nao, pelas consideracoes feitas na postagem imediatamente anterior a esta.)

Decisao tomada, a consideracao imediata foi quanto a de que forma construir as portas para resistir `as evidentemente rigorosas condicoes a que serao expostas. Nao tenho qualquer experiencia previa, entao claro que nao tenho seguranca o metodo que imaginei vai ou nao funcionar; mas estou apostando que uns dez anos vai aguentar (e, sinceramente, acho que daqui uns dez anos vou estar, mm, bem alem de quaisquer preocupacoes, hehehe).

Com agosto tendo muito atipicamente trazido uma primavera muito, muito antecipada, resolvi dar inicio aos trabalhos, removendo a protecao antiferrugem dos tampos de ferro das maquinas e parti para a execucao: uma moldura de madeira sabidamente resistente `as intemperies — grapia, curtida semestres ao relento no patio da madeireira ate ficar cinza com a oxidacao — e um fundo de compensado naval. Nao confiando em nenhuma cola para as dadas condicoes, nenhuma emenda por encaixes, tudo fixado com parafusos anodizados, adesivo de silicone em todas as interfaces, inclusive dentro e cobrindo todos os furos e os parafusos, menos pela aderencia do que como vedante. Para protecao das madeiras, inseticida e fungicida. Para  impermeabilizar as areas expostas,  hidroasfalto nas partes nao visiveis e oleo de linhaca nas visiveis.

O velho Pedro, na sua infatigavel implicancia, consentiu eu desse inicio aos trabalhos da primeira porta, aparelhando as madeiras e fazendo a montagem basica...


Detalhe da colagem/vedacao feita com adesivo de silicone

Naturalmente, foi so chegar nesse estagio e o velho implicante ver as mesas desengraxadas e... Pimba! Voltou o inverno.
As frentes que, bloqueadas todo o agosto por alta pressao no Atlantico Sul, vinham inundado a regiao de Buenos Aires na Argentina, foram liberadas e vieram despejar-se por aqui. Tudo bem, otimo para o Rio Grande que ha tempos vem carente de agua, mas o preparo da minha porta vai atrasar.

Hein? Como?
Sim, sim. Tem razao: afinal, quem tem pressa?

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