domingo, 29 de abril de 2012

Eucalipto — avaliando


(Clicando as imagens, abre-se versoes em maior resolucao.)


Tendo a estrutura da carcaca de eucalipto permanecido praticamente 48 horas montada, mas nao colada, uma primeira observacao permitiu constatar que, sim, ainda era evidente a tendencia a canoar que ja havia sido percebida na prancha bruta, como se pode perceber na foto `a direita, mostrando como o empenamento da tabua resultou em afastamento dos malhetes, com surgimento de frestas. Nada muito serio, claro, ou que nao possa ser solucionado pela propria colagem, mas a tendencia em canoar do eucalipto e' realmente muito marcada.


Antes de continuar a expor minhas observacoes, e' importante se faca mais uma vez a ressalva que o eucalipto utilizado aqui foi madeira sem qualquer selecao e absolutamente sem tratamento previo. Como alem de varios tipos de tratamentos possiveis ha incontaveis, centenas de especies diferentes de eucalipto, nao se pode de maneira alguma afirmar que o que se observou com essa amostragem valha para todas as especies desse lenho.



Ainda demonstrando a forte tendencia a canoar, um pedaco que havia sido usado como empurrador de sacrificio em certas operacoes e deixado solto sobre uma bancada por igual periodo ao da carcaca, como se ve na foto acima igualmente evidenciou o problema.


Afora as questoes ja apontadas na postagem anterior — canoagem, presenca de rachaduras longas nos bordos de veio curto da prancha bruta, e esfacelamento dos bordos na saida das laminas de corte, como mostrado na imagem `a esquerda — foi possivel detetar mais dois problemas serios inerentes `a propria estrutura das essencias que utilizei. O primeiro, ao tentar reduzir a espessura das tabuas para utilizar com divisorias na carcaca (tambem mostradas na imagem `a esquerda) ficou evidente que o eucalipto rosa que estava sendo utilizado nao apenas e' "ruim de plaina", como perde a resistencia estrutural na direcao transversal aos veios quando a espessura fica menor de ~10mm; fica muito, muito flexivel, e fratura facil, mesmo com pouca pressao. E entao, como se ve nas imagens `a direita, experimentando tornear uma ripa de 5x5 para utilizar como colunas decorativas, ficou evidente que o eucalipto branco que foi utilizado nao se presta a ser torneado: muito mau acabamento apesar de lixado ate grana 220, arrepios e lasqueamentos, superficie demasiado porosa e, no torneio, muita propensao a vibrar com qualquer pressao maior no ferro que se aplique.

Esse conjunto de fatores, pelo menos na minha sempre desconsideravel opiniao, nao recomenda, nao recomenda nada a utilizacao desses tipos de eucalipto como madeira primaria para construcao de moveis finos. Claro, todos os problemas mencionados tem jeito de serem solucionados, mas o que esses jeitos representam em custo de materiais e, principalmente, de tempo nao justifica, ainda na minha opiniao, o eventual beneficio.

-o-O-o-

Mas de qualquer modo eu ja tinha a carcaca comecada, e decidi levar o projeto em frente, se um pouco mais limitado. Nao um movel para expor na sala, mas um gaveteiro para usar na oficina, e onde testar uns acabamentos...

Assim, abri com a tupia rasgos nos lados internos da carcaca, confeccionei divisorias empregando caixeta como madeira secundaria onde preferi utilizar espessura fina, testei, e entao colei toda a carcaca. A seguir, aproveitei um retalho com um no e cortei para fazer o fundo do gaveteiro, fixando apenas com cola. Possivelmente, vou reforcar com uns pinos, antes do acabamento.




Agora, estou pensando em como fazer as gavetas...



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Eucalipto - o comeco

(Como sempre, clicar nas imagens abre versoes de maior resolucao.)

Muito se fala, e mal, do eucalipto: empena, entorta, curva, racha, apodrece... Ha como que um consenso e' madeira ruim, so presta para carpintaria, e olhe la! No entanto leio na Australia, de onde se origina o lenho, o eucalipto e' bastante usado e tem boa fama, nA Matriz os Grandes Irmaos (pelo menos os que vendem Lyptus, hehe) afirmam que se compara com mogno e cerejeira americana...

Ja ha algum tempo essas informacoes contrastantes tem-me deixado curioso: quem tera razao, ou a coisa estara mais para um meio termo? Uma prancha no meu estoque e uns retalhos de ripas que usei na reforma do telhado da casa, e resolvi testar, ver que tal eucalipto seco ao ar, sem tratamentos ou qualquer selecao, se comporta sendo usado para construir um movel.


A primeira coisa a fazer, claro, foi aparelhar a madeira. A prancha que eu tinha, eucalipto rosa de 25x240mm, estava bem seca, mas certamente tambem bem acanoada, como penso pode-se ver ahi na imagem `a esquerda. Cortei dois pedacos de um metro de comprimento cada, um da ponta da prancha, o outro um segmento totalmente sem nos. Na desempenadeira primeiro e entao no desengrosso e na serra de bancada aparelhei ambos para quatro lados retos, e reduzi a espessura para 18mm.

Clique na imagem para amplia-la

Examinando as taboas deu para reparar que a ponta, como e' comum, tinha fissuras fundas. Os nos sao certamente problematicos; na sua proximidade ha uma 'revolucao' nos veios nitidamente afetando a textura do lenho e os nos propriamente apresentam fissuras e afrouxamentos, inclusive  com perda do cerne do no nos de maior dimensao.

A implicacao obvia e' que para utilizar eucalipto em marcenaria sera muito importante selecionar bem as pranchas na madeireira, evitando sempre para uso estrutural as que tenham nos — embora sem esquecer os desenhos e texturas relacionados aos nos possam muito bem ter utilidade decorativa.

Visto isso, utilizando apenas a madeira da porcao sem nos, aparelhei com a precisao que pude (nada mau, alias, como se ve na imagem `a direita) quatro taboas para construir uma carcaca.

A comprovar a madeira aceita bem aparelhamento, as taboas ficaram esquadrejadas o bastante para que a carcaca se montasse no esquadro, sem cola e sem emendas, as taboas apenas apoiadas entre si, como se pode ver na foto abaixo.


Tanto por razoes estruturais como esteticas resolvi fixar a carcaca com emendas, ao inves de simples colagem de topo, ou utilizando pregos ou quaisquer outros fixadores mecanicos. Em um primeiro momento considerei utilizar rabos-de-andorinha mas, como o movel nao sofrera tensoes assimetricas, optei por utilizar malhetes de caixa, nem tanto por como demonstrado em testes serem mais resistentes, mas porque me pareceu dariam uma melhor solucao estetica para deixar `a mostra os veios curtos na carcaca.

Cortar os malhetes com tupia tambem serviu para demonstrar mais uma peculiaridade da essencia. O que ja tinha sido sugerido pelo resultado do corte na serra de bancada evidenciou-se gritantemente na tupia: em funcao das fibras retas, longas e resistentes, mas pouco densas, os bordos tem propensao a estilhacar na saida da lamina.

A imagem `a direita mostra as taboas como ficaram da tupia. Foi necessario usar cuidadosamente um formao para regularizar os bordos. Obviamente, a melhor solucao para evitar totalmente esse problema e' colocar uma ripa de sacrificio atras da taboa ao passar a tupia, mas embora alguns dos fragmentos do esfacelamento tenham ultrapassado o limite do bordo causando algumas irregularidades, o problema foi mais ou menos pontual, e imagino possa ser resolvido no acabamento.

De qualquer forma, a boa resistencia estrutural do eucalipto ficou bem evidenciada nos malhetes finos dos extremos, deixados propositadamente com pouquissima espessura exatamente para testar esse aspecto.

-- oOo --

Bueno, chegado nesse ponto decidi deixar a carcaca montada mas nao colada e aguardar um tempo. Primeiro, para ver se havera alguma alteracao na geometria, qualquer alteracao na forma. Depois para ir maquinando nas caraminholas como exatamente irei desenvolver o projeto a partir daqui.

O que veremos, e' o plano, uma outra bathora. Aqui nesse batcanal...


domingo, 22 de abril de 2012

Aprendendo na marra

A menos tao abonado que possa 'terceirizar' tudo, inescapavelmente quem tem uma oficina — ou mesmo, como eu, um arremedo de oficina — acaba tendo de se envolver com o conserto de suas maquinas. Sabendo disso, eu ate sempre procuro me informar tanto quanto possivel sobre as peculiaridades das entranhas dos equipamentos que utilizo, ja que ter de meter a mao em tais entranhas e' simples questao de tempo. E, sei tambem, por forca do Principio da Implicancia Natural das Coisas, o mais das vezes essa lide acaba sendo um troco complicado, uma encrenca usualmente bem maior do que a encomenda.

Essa semana que passou foi exemplar. Estando envolvido com a serra de fita e o torno, fazendo colheres de pau com eucalipto, constatei ambas as maquinas tinham problema. No torno, o controle de velocidade de rotacao comecou a funcionar mal, a rosca do parafuso que aprisiona o acionador do controle havia espanado. Na serra, sumira um pedaco do pneu de uma das rodas. Os remedios para os dois problemas, obvio e simples: trocar o pneu da serra e refazer a rosca para o parafuso aprisionador.

Das tantas ferramentas que nao tenho, uma e' macho para roscas. Bueno, boa oportunidade para, justificadamente, comprar um jogo, nao e' mesmo? Enquanto isso, pneu novo para a serra eu tinha (eu disse que procuro estar preparado para essas eventualidades, nao disse?). Entao, vamos comecar por trocar os pneus e depois vou comprar os machos...

Os pneus velhos, rebentados, pretos, e os penus novos de uretano "Ultra Blue"
Era o que o Murphy estava esperando, o desgracado!

Para trocar os pneus, claro, tem de retirar-se as rodas da serra. E, claro tambem, depois de colocar os pneus novos tem-se de recolocar as rodas. So que, recolocadas as rodas, ao testar o funcionamento com os pneus novos a fita da serra escapava das rodas. Sempre. Problema dos pneus, e' o mais provavel.

Os pneus velhos `a direita, e a camara de scooter cortada
Resolvi testar a hipotese: Copiando a ideia de Mr. Matthias Wandel utilizei a borracha recortada de uma camara de ar de scooter como pneu para as rodas. Picas! Neres de pitibiriba; a serra continuou escapando.

Nao, nao vou macar voces com todos os detalhes, as minucias do tedio, da azia, dos suadores, quao baixo o calao dos improperios!

Deletada da triste historia toda a parte sordida o resumo e', ja que ia ter de acertar os pneus e regular as rodas, resolvi fazer o que vinha sempre adiando: uma regulagem geral na serra fita e, no processo, resolvi inclusive alterar a geometria de certas pecas, incluindo as proprias rodas. Coisa que so um torneiro mecanico poderia fazer, claro.

E, ja que ia ter de levar as rodas da serra para o torneiro, entao por que nao levar o cabecote do torno e aproveitar para fazer a rosca nova e umas outras modificacoezinhas para prevenir novos problemas, nao e' mesmo?...

E' notorio, tao notorio quanto a Lei de Murphy, que quando se comeca a empregar o "Metodo Jaquet" (ja que vou trocar a telha, aproveito e mudo o ponto do telhado, ja que vou ter de rebentar a parede para arrumar o vazamento, aproveito e faco uma janela, etc., etc...) e' bom comprar quantidades industriais de remedio para dor de cabeca. Batata!

Remover o cabecote do torno era questao so de soltar os quatro parafusos que o fixavam ao barramento. Quatro simples farapusos allen. Barbada!

Seria barbada — se Murphy, Jaquet, e todos os criadores de caso do universo nao tivessem combinado de posicionar os malditos rapufasos em posicoes tais que afrouxa-los transformou-se em nada menos do que uma prova olimpica.

Ahi na foto e' que nem quando eu olhei: facim, facim. Mas naquele espaco mal cabe a mao, e a mao ali tapa qualquer visao do parafuso, e as dobras das chapas mal e mal permitem se consiga colocar uma chave allen ali dentro, `as cegas e exigindo posicoes de contorcionista para conseguir girar a chave (um quarto de volta!) quando, por milagre, se consegue encaixa-la no rapasufo. Brincadeira sem graca nenhuma: levei 40 minutos para conseguir afrouxar os quatro malditos pruasafos! De brinde, varias escoriacoes nas maos, muita serragem nos olhos e quase mato um cachorro quando, numa das contorsoes da prova, mm, perdi o pe!

Mas tudo bem, tudo bem, calma, calma que tudo esta bem quando acaba bem, hehehe.

Em tempo, o torneiro acertou as rodas, depois de longos testes, algum desespero e varios ajustes consegui remontar a serra sem sobrar pecas (que eu tenha notado!) e aprendi muito bem como regular a serra para a fita ficar sempre bem centrada.



 Alem disso, o torneiro tambem fez as roscas e afilou os parafusos (era um, eu coloquei mais dois para evitar a rosca voltasse a espanar) para o regulador de velocidade do torno e, pelo menos por ora a paz voltou `a minha 'oficina'.

A seta aponta onde estava o parafuso original unico, trocado por um mais grosso.
Os outros dois foram colocados para evitar o problema voltasse a ocorrer.
Ficou faltando so varrer o po.

Que po?

Bom, eu falei que estava fazendo colheres de pau com eucalipto, nao falei? Pois e': esse po.

Entao, para encerrar essa longa ladainha eis ahi as colheres com um acabamento, para mim, inedito: oleo de soja, aplicada uma demao por dia durante uma semana:



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domingo, 15 de abril de 2012

Metendo a colher

Mais como treino de tornearia —  especialmente, para usar o formao inclinado — do que realmente por ter necessidade de uma, resolvi fazer uma colher de pau. Imaginando possa haver algum entre meus seis fieis leitores interessado em, por qualquer motivo, construir uma, resolvi compartilhar a, mm, "tecnica", hehe.

Utilizei eucalipto rosa, principalmente porque dizem que eucalipto nao serve para nada, que entorta e empena por qualquer coisa, etc., etc., mesmo se la nA Matriz os Grandes Irmaos comparem eucalipto com mogno... Mas divago!

Peguei um retalho de eucalipto rosa, marquei a grosso modo o contorno do que seria a colher, e recortei com a serra fita. Nada muito caprichado, tudo no olhometro. No que seria a parte concova da colher, escavei um buraco utilizando um escariador na furadeira manual.


















A seguir, ainda no olhometro determinei o que me pareceu o centro das duas extremidades da tabuinha cortada e utilizei esses pontos como referencia para colocar a peca entre pontas no torno. Ahi, foi utilizar o formao inclinado para tornear o cabo e uma goiva grossa (bowling gouge) para arredondar o desenho da 'cabeca' da colher. Acabamento com lixas no cabo, removi a peca do torno e, utilizando novamente o escariador na furadeira manual e uma grossa, acertei a modelagem da parte larga do projeto.


Ahi, na mao, uma progressao de lixas, da grana 80 a 220, para dar acabamento na concha da colher, molhar a peca para arrepiar a madeira, voltar a lixar tudo com lixa 220 e pronto! Mais um utensilho para a cozinha...


Quer dizer, seria mais um utensilho para a cozinha. Mas nao passou do almoco: Ja esta com casa nova...

domingo, 8 de abril de 2012

Coelho de fe

Com a bondade caracteristica dos animais imaginarios, o coelho concedeu-me suficiente inspiracao para eu por a girar o bolo pascoalino. Mas, sei la... acho que o cheiro, o maravilhoso "cheiro de marcenaria" que me inundou as narinas enquanto as maravalhas me banhavam, teva a maior parcela de culpa na satisfacao que me rendeu essa brincadeira...

Primeiro, arredondar  e dar forma `a parte externa, e preparar o apoio para fixar a placa na parte inferior:


Entao, com a peca presa pelo pe, arredondar e regularizar o topo e a boca, e arredondar a parte interna:


Estabelecida a forma, iniciar o acabamento com progressiva lixagem com cera, a partir de grana 80 ate 400...


Devidamente encerado o vaso, cortar o pe e testar se daria ou nao bom enchimento `a bandeja:


Obviamente, nao sendo nem bem um projeto, mais um ensaio, o vaso ficou com alguns defeitos, em todos os passos.

 Mas, sujeitinho pretensioso, eu pelo menos acho que nao fere os olhos, hehe...


E acreditem: tornear segmentados e' o maior barato!

sábado, 7 de abril de 2012

Pascoalino

Enquanto o velho Pedro nao consegue decidir entre sol ou nuvens para esse Sabado de Aleluia, pensei eu poderia dar uma 'estimulada' em um certo coelho e resolvi construir um, mm, digamos...

Bolo pascoalino


Evidentemente ainda nao tenho uma ideia definida do que pretendo ou nao construir, hehe. Na verdade estou empilhando coisas que vi e li aqui e ali, e confiando a ajuda do coelho vira. Ate por isso vai tudo mais ou menos na improvisacao, com a intencao prioritaria ver de que jeito mesmo e' que vai ficando...

Porque ao final, penso eu, aprender nao e' apenas saber o jeito certo de fazer. Tao ou mais importante e' ir descobrindo, `a custa de erros, como dar jeito no jeito errado.

Boa Pascoa para voces!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Seguimento

O resultado que obtive com a bandeja torneada me animou a dar seguimento a meu aprendizado de girar segmentados.

Assim, cortei e aparelhei umas ripas utilizando 'sobras' da construcao da mesinha de centro e, utilizando a serra de bancada com o guia de corte posicionado a 15º, cortei cinco series de 12 taquinhos; cada serie de taquinhos, lado a lado, formando como que um segmento de circulo.

Utilizei barbante, enrolado duas voltas, para montar e manter os circulos mais ou menos estaveis. Apos, apliquei cola na lateral dos segmentos e tornei a montar os circulos, utilizando inicialmente os proprios barbantes para estruturar e entao uma meia duzia de atilhos de borracha em cada um para comprimir a colagem.


Agora, enquanto a cola seca, e' aguardar a inspiracao com que um certo coelho havera de me presentear...

terça-feira, 3 de abril de 2012

A roda, enfim

Estando hoje a colagem do quadrado bem seca, hora de ir para o torno...

Lamentavelmente nao colhi imagens durante o torneio. Nao por qualquer intencao de "esconder o jogo" ou coisa parecida — ate porque nao houve nada de especial na tecnica, alem dos frutos da minha inexperiencia. So que no meio da 'polvadeira' de executar uma pratica pela primeira vez, a verdade e' que simplesmente me esqueci de tirar fotos.

Mas enfim, depois dos devidos tramites, com alguns defeitos consegui transformar o quadrado em uma bandeja redonda.
Acabamento com lixa e cera, ate grana 400.


E ahi esta: aproveitando restos, considero-me iniciado na nobre arte de tornear segmentados.


segunda-feira, 2 de abril de 2012

Roda quadrada

Com alguns retalhos de boa madeira tendo sobrado da construcao da minha mesinha de centro, decidi tentar aproveita-los e, ao mesmo tempo, testar algumas tecnicas que vi/li na Rede mas que nunca executei na pratica...

Iniciei com uma colagem de tres ripas de louro gaucho aparelhadas nas mesmas dimensoes de largura e espessura, entremeadas por duas tiras finas de imbuia.

Apos a secagem da cola, utilizando a guia da desempenadeira para garantir o esquadro, aplainei a base da colagem ate remover todas as irregularidades e, entao, levei para o desengrosso:




A colagem devidamente aplainada foi entao levada para a serra de bancada para, primeiro, acertar os lados perfeitamente paralelos e entao, com a ajuda do graminho posicionado a 45º, cortar quatro triangulos equilateros utilizando toda a largura da colagem.

 

Os quatro triangulos foram entao alinhados para formar um quadrado e, assim, colados:



O quadrado vai ficar secando toda a noite.

Amanha, vamos ver como essa historia continua...