O video e' este ahi:
Resolvi ainda outra vez utilizar as ripas de eucalipto que sobraram da reforma do telhado para efetuar os testes e, tendo prestado alguma atencao `as instrucoes e sugestoes apontadas por Mr. Colwell aparelhei dois pares de ripas, um de eucalipto rosa, o outro de eucalipto vermelho, para iniciar os testes.
Considerando minha inexperiencia no torno e o possivel risco inerente em tornear pecas nao cilindricas, resolvi por seguranca utilizar na tracao do torno uma "ponta morta" ao inves de uma ponta com esporas ou uma placa de castanhas.
A ponta morta (que eu havia mandado tornear justamente para aumentar a seguranca em meu aprendizado no uso do bedan), dando tracao apenas pelo atrito provocado pela pressao aplicada na contraponta, oferece uma tolerancia bem maior a trancos. E trancos sao certamente algo com que se preocupar ao tornear pecas nao cilindricas...
Ahi, foi questao de colar cada par de ripas aparelhadas com um pouco de cola quente de silicone e, ainda seguindo as orientacoes do video, reforcar a colagem com fita adesiva, marcar os centros exatos em ambas as extremidades da peca, tracar no bordo adequado um desenho bem destacado para orientar os cortes (usei um marcador preto, para maximo contraste) e partir para tornear o 'avesso' do primeiro exemplar.
Como eu ja sabia de minhas experiencias anteriores com eucalipto, essa e' uma madeira que nao se presta a ser torneada: mesmo com ferramentas bem afiadas os veios curtos tendem a ficar arrepiados, prejudicando bastante o acabamento, e os bordos esfacelam com imensa facilidade; por qualquer coisa, lasca, de forma que cortar de topo, nem pensar. Mas acabamento, angulos agudos de corte e detalhes finos nao eram exatamente as minhas preocupacoes no teste... Tentando contornar o evitavel e aceitando o inevitavel, consegui executar o corte do desenho tracado. Nada do que se gabar por certo, mas suficiente para a tirada de temperatura que era o objetivo da coisa.
Isso feito, remover as fitas adesivas, romper a colagem da cola quente, girar os segmentos 180° de tal forma que os cortes que estavam por fora passaram a ficar por dentro da peca, colar e prensar as pecas nessa posicao com cola PVA. E chegamos nisso:
As setas vermelhas apontam os restos de cola quente |
Ve-se nas fotos (que como sempre podem ser vistas em maior resolucao sendo clicadas), em primeiro plano os dois segmentos de eucalipto rosa ja torneados e colados com PVA apos os segmentos serem rodados para interiorizar os cortes e, atras, sem ter ainda passado pelo torno, os dois segmentos de eucalipto vermelho colados com cola quente e fitas adesivas. Nessa fase ficou evidente a necessidade de preparar uma linha de cola PERFEITA entre os segmentos, ou a emenda entre eles ficara visivel. E lamentavelmente chamativa.
-- oOo --
Apos deixar a colagem secar bem na prensa, tendo o 'avesso' pronto era hora de tornear o 'direito'...
Mais uma vez tomando meticuloso cuidado na marcacao dos centros, a peca colada voltou ao torno e, utilizando as 'sombras', ou 'fantasmas', dos cortes interiores como referencia fiz a modelagem final da peca.
Obviamente a peca final, mostrada aqui com acabamento com lixas e entao cera, ficou cheia de defeitos, tanto pela natural intolerancia da madeira aos ferros, quanto por minha pouca tecnica e nenhuma experiencia — mas deu para perceber nao apenas a curva de aprendizado nao sera das mais ingremes, como as promessas do que se pode obter sao realmente chamativas...
A peca vista pelos dois lados, mostrando a grande quantidade de erros, salientemente a emenda demasiado visivel, e muita, muita lascadura |
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Ta certo, tudo bom, tudo muito bem, mas... O que isso tem a ver com incendio em Nova Iorque, o bombastico titulo da postagem?
Bueno... E' o nome da peca, do objeto.
Primeiro, confesso, para chamar a atencao, hehe.
Primeiro, confesso, para chamar a atencao, hehe.
Mas o fato e' que, vendo a peca nesses dois angulos ahi de baixo
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