Para cortar-se furas em geral da-se preferencia `as fresas de laminas helicoidais ascendentes,
Fresa reta helicoidal ascendente |
Fresa reta de laminas retas |
Duas observacoes a salientar-se, ja nessa altura: primeiro, em qualquer operacao com bits retos a profundidade do corte NUNCA devera ser superior ao diametro da fresa, ou seja, a operacao devera sempre ser efetuada em tantas etapas quanto necessarias, sempre respeitando a regra de nao afundar o corte alem do diametro da fresa a cada passo e, segundo, evidentemente o comprimento da fresa devera ser suficiente para a profundidade do corte desejado. Lembre-se, nunca exteriorize a fresa para fora da pinca da tupia buscando alongar seu comprimento alem do limite permitido pelo fabricante; as consequencias podem ser nefastas, muito nefastas. SEGURANCA SEMPRE EM PRIMEIRO LUGAR!
Determinadas as laminas, o proximo passa sera acertar a profundidade do corte. Isso, claro, sera setado no ajuste da propria tupia de mergulho, marcando-se da forma indicada para cada modelo a profundidade total desejada e, sendo o caso, regulando-se os passos intermediarios para evitar-se uma profundidade excessiva no corte.
Ahi, e' partir para o corte...
Mas como fazer para acertar a maquina de forma a se obter o posicionamento do corte com precisao, ja que precisao e' fundamental em uma EFE? Bem, ha inumeras maneiras. Na verdade praticamente cada marceneiro tem a SUA propria maneira...
Por razoes que veremos um pouco mais adiante, a regra quando se cortam EFEs com tupia e' obter-se caixas com cantos arredondados e mechas de cantos retos, o que se significa que ao final do processo e' ainda necessario, ou se avivar os cantos das furas, ou arredondar-se as arestas das espigas. Para contornar esse problema e facilitar a execucao do processo tem-se tornado cada dia mais comum a utilizacao de EFEs com mechas soltas (em ingles, loose tenons). Um exemplo dessa modalidade — utilizando-se para posicionar corretamente os cortes um metodo nao-especifico, ou seja, o rasgo da mesa da tupia, um jig e batentes — e' demonstrado nesse video abaixo (em ingles, eu sei, eu sei...), onde o progressivo aprofundamento do corte e' determinado por acionamento eletrico de um elevador — o que e' um requinte certamente confortavel mas longe de indispensavel, posto que o processo poderia ser executado exatamente da mesma forma apenas com interrupcoes para aprofundamento manual do corte a cada passo...
Obviamente, na falta do jig adaptavel ao rasgo se poderia — com os mesmos resultados, igual precisao e possivelmente ate maior facilidade operacional — utilizar uma guia alta na mesa onde apoiar a peca e colocar-se os batentes.
Ou, mais facilmente ainda, se poderia utilizar uma mesa com a tupia posicionada horizontalmente, com a peca posicionada deitada ao inves de de ponta, como neste outro video (do mesmo marceneiro, mas agora uma clara propaganda para a MLCS):
Nesse video — alem de alguma baboseira, hehe — pode-se ver nao apenas como cortar furas, mas igualmente espigas e, de quebra, por que razao usualmente se obtem "ombros quadrados" e "furas redondas" quando se faz cortes com tupia empregando-se esses metodos de posicionamento das pecas.
A esses metodos mais generalistas do uso da tupia, utilizando recursos da propria mesa, se contrapoem os jigs especificos, dedicados para EFEs, industriais e artesanais. Tema para uma proxima postagem...
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